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Polícia
04/04/2013 19:40:29

Peritos examinam família de garoto morto por tiro acidental disparado pela mãe


Peritos examinam família de garoto morto por tiro acidental disparado pela mãe
Perito analisa mão da mãe acusada de matar filho

tribunahoje //

po-al

 

Peritos do Instituto de Criminalística realizaram, na manhã desta quinta-feira (4), exames residuográficos nos genitores e em um dos irmãos do menor Edilson Alves da Silva, de 11 anos, morto com um tiro na cabeça no interior de sua residência no município de São José da Laje. O exame foi solicitado pelo delegado Antonio Rosalvo Cardoso após o inicio das investigações sobre o crime que chocou os moradores da cidade.

 

O disparo que matou a criança teria sido efetuado acidentalmente pela própria mãe do menino, a dona de casa Cleonice Alves da Silva, 44 anos, mas o delegado achou por bem encaminhar também para o exame José Antônio da Silva, 46 anos, e Glacivaldo Alves da Silva, 20 anos, pai e irmão da vítima. Os peritos recolheram de cada um dos examinados quatro amostras, sendo uma do antebraço esquerdo, outra do antebraço direito e das duas mãos.

 

Segundo o perito Edmundo Andrade, durante o exame residuográfico eles recolhem amostras de substâncias que ficam na pele e que ao serem analisadas podem revelar a presença de micro partículas de chumbo ou pólvora expelido pela arma do crime. Com a autoria do disparo confirmada, o delegado, por meio da prova pericial, poderá indiciar o acusado.

 

No entanto, para o perito José Veras, neste caso específico, a demora no envio da família para fazer o exame pode atrapalhar nos resultados. O crime aconteceu dia 28 do mês passado e o exame foi realizado exatamente uma semana após o fato. “O ideal é que os suspeitos sejam encaminhados para a realização do exame poucas horas após o disparo, no máximo quatro ou cinco horas depois do crime cometido, pois, com o tempo e vários outros fatores como a limpeza do corpo, essas substâncias podem desaparecer”, explicou Veras.

Ainda bastante abalada com a morte do filho, dona Cleonice alega que estava varrendo a casa enquanto o menino deitado em uma das camas. Quando passou a vassoura embaixo da outra cama, bateu sem querer na espingarda que estava enrolada em vários panos.

 

“Quando escutei o barulho e vi a fumaça, fiquei assustada e paralisada. Quando olhei, meu filho estava com o rosto todo ensanguentado, então pedi socorro. Eu amo todos os meus filhos e não queria fazer aquilo. Foi um acidente”, explicou, chorando, a dona de casa.

 

Após o exame, a família foi encaminhada de volta para a Delegacia de São José da Laje. Os peritos informaram que irão voltar a local do crime para fazer o exame de constatação, onde são recolhidos mais vestígios. A arma e os lençóis da cama onde se encontrava a vítima também serão analisados pela equipe do Instituto de Criminalística.



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