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Um dos julgamentos mais aguardados em Alagoas, principalmente pelos docentes, está previsto para ocorrer na próxima segunda-feira (18). Os três réus no processo - suposto autor material e dois acusados de autoria material - da morte do professor Paulo Bandeira, ocorrida em junho de 2003, vão a júri popular quase dez anos depois do crime, praticado com requintes de crueldade, na zona rural de Satuba, Grande Maceió.
De acordo com o inquérito, o professor havia denunciado desvio nos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) e teria sido morto a mando do ex-prefeito Adalberon de Moraes. Os executores seriam os policiais militares Ananias Oliveira Lima e Geraldo Augusto Santos Silva.
Relembre o caso
Paulo Bandeira foi seqüestrado, torturado, acorrentado e queimado vivo, dentro do seu carro, um veículo Gol, placa MUO 7763/AL, na Fazenda Primavera, em Satuba, distante 21 quilômetros de Maceió.
Ele desapareceu no dia 02 de junho de 2003, depois de ter recebido um telefonema de dentro da Escola Professora Josefa Silva Costa, pedindo para que se dirigisse até a sede da Prefeitura Municipal. Seu corpo só foi encontrado, completamente carbonizado, dois dias depois.
Antes de morrer Bandeira chegou a escrever uma carta e fez uma gravação, revelando as ameaças que vinha sofrendo supostamente feitas pelo então prefeito da cidade, Adalberon de Moraes.