Seca castiga 10 milhões de pessoas em Alagoas e outros cinco estados

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Além de Alagoas, outros cinco estados do Nordeste sofrem com a seca, considerada a mais rigorosa dos últimos 40 anos e que afeta 10 milhões de pessoas. Na Bahia, Sergipe, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, chove apenas em pontos isolados, o que não resolve a situação, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). As informações são da Agência Brasil.

De acordo com o Inmet, não há previsão de chuva para os próximos cinco dias em Alagoas, Sergipe e Bahia, que estão com o maior número de municípios ainda em situação de emergência.

Na noite deste domingo (3) e madrugada de hoje (4), choveu forte em alguns pontos de alagoas, principalmente na capital e em cidades da Zona da Mata, mas não o suficiente para mitigar a situação.

Segundo o Inmet, a baixa temperatura dos oceanos Pacífico e Atlântico é a causa da falta de chuvas na região.

No Recife, mesmo com a chuva na noite de domingo (3), o racionamento nas áreas planas começou na sexta-feira (1°) e 82 bairros da região metropolitana são afetados. De acordo com a Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos de Pernambuco, a medida foi adotada porque uma das barragens opera com apenas 19% da capacidade.

O sistema prevê que as áreas planas do Recife terão 20 horas com água e 28 horas sem. Nas áreas de morro, o racionamento já era a medida utilizada como prevenção. O rodízio foi adotado levando em consideração a situação dos principais reservatórios de água que abastecem a região, já que no mês de fevereiro choveu apenas 30% do esperado.

Em Alagoas, também há racionamento em bairros da parte alta de Maceió e em cidades próximas da capital.

O percentual de chuva abaixo da média nos seis estados mais castigados pela seca é de 75%. O restante corresponde a quantidade igual ou acima da média.

No sul dos estados do Maranhão e do Piauí, a chuva tem sido constante desde outubro. No Maranhão, choveu 190 milímetros dos 230mm esperados para todo o mês de fevereiro. Em Teresina, choveu mais que o esperado, 200mm. Para o Inmet, esses dados indicam que “a situação nesses estados está se normalizando”. No litoral entre Natal e Recife também chove, mas ainda é muito pouco para abastecer a população.