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assessoria
Os técnicos do Instituto do Meio Ambiente atenderam a uma denúncia na Área de
Proteção Ambiental e constataram, na tarde de terça-feira (05), sete hectares de
vegetação nativa queimada. O fogo teria sido iniciado por um assentado ao limpar
uma roça. O problema tem sido verificado em algumas áreas de vegetação nativa
que estão mais secas por causa da baixa quantidade de chuvas.
Segundo
Jailton Fernandes, chefe da Estação Ecológica (Esec) de Murici - Unidade de
Conservação de proteção integral localizada dentro da APA, o homem resolveu usar
fogo para limpar a roça, perdeu o controle e acabou incendiando sete hectares de
vegetação em estado de regeneração. “A área queimada pertence ao Assentamento
Pacas e estava apenas a dois quilômetros da Esec”, disse Jailton
Fernandes.
Sete brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio) foram acionados e, com o apoio de cinco voluntários,
conseguiram apagar, por volta das 19h, o fogo que começou às 10h da manhã. “Foi
muito difícil. A temperatura, o clima seco, o vento e o acesso ao local não
ajudaram o nosso trabalho. Só conseguimos controlar o fogo após nove horas de
trabalho intenso”, disse a brigadista Cícera Aquino.
De acordo com o
chefe da APA de Murici, Ykson Tenório, o assentado foi identificado e poderá
receber multa que está sendo calculada. “De acordo com a lei de crimes
ambientais, a multa pode variar de R$ 50 a 150 mil. Além disso, ele terá que
recompor os sete hectares atingidos pelo fogo”, explicou Ykson Tenório. Ele
alertou ainda para outras pessoas que colocar fogo dessa maneira é crime e pode
implicar punições.