SIGA NOSSO:
correiodealagoas //
Baseado em denúncias publicadas em um jornal alagoano nesta quinta-feira (7), o Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg) pedirá a reformulação do artigo 53 do Regimento Disciplinar da Polícia Militar. O artigo em questão versa sobre a dispensa automática de investigações de militares por conta da licença médica. O Conseg entende que está havendo excessos na concessão deste benefício nas corporações.
A prática da concessão destas licenças já se tornou rotineira. De acordo com a denúncia, policiais que estão sendo investigados alegam problemas psiquiátricos, conseguem uma licença médica e se livram do procedimento administrativo. O Conseg, então, busca encontrar militares que ao conseguirem a dispensa, exercem outras funções, como ministrar aulas ou praticar exercícios na orla.
De acordo com o presidente do Conseg, juiz Maurício Brêda, o conselho buscará respostas e apontar soluções para essas irregularidades. O juiz continua dizendo que já tem em mãos planilhas que mostram quais militares receberam o benefício durante algum procedimento administrativo. Ao passo em que uma comissão do Conseg analisa uma reformulação do regimento interno, outra, composta pelo Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal) analisa os atestados expedidos, para verificar sua autenticidade.
Na manhã desta quarta-feira (6), Brêda esteve reunido com corregedores da Polícia Militar (PM), Polícia Civil (PC), Corpo de Bombeiros, Superintendência Geral de Administração Penitenciária (SGAP) e da Secretaria de Defesa Social (Seds), para orientar a respeito do trabalho de correção, além de dar apoio para que ele ocorra o mais rápido possível.
Para o corregedor-geral da PM, coronel Louvercy Monteiro de Oliveira, o problema maior está na falta de psiquiatras disponíveis para atender os policiais na corporação. Segundo ele, o grande número de licenças médicas é real, mas está diminuindo a olhos vistos, pois os especialistas estão se tornando mais criteriosos.
