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cláudia galvão
As motivações ainda são desconhecidas, mas o desfecho foi trágico. Na madrugada desta quarta (16) moradores da Quadra E4 do Conjunto Jardim Petrópolis II foram acordados pelos gritos de uma criança. Ao sair à rua, por volta de 1h da manhã, se depararam com uma cena chocante, uma residência em chamas.
No local viviam Maria Severina da Silva, de cerca de 34 anos, o filho de apenas oito anos, Arthur Gabriel Lacerda da Silva, e o marido, Jairo Lacerda Guerra, que teria sido o incendiário. As circunstâncias do incidente só serão conhecidas após a perícia, mas há relatos de que Jairo entrou em casa, trancou o cadeado por dentro e ainda teria jogado a chave no quintal da pequena residência.
Jairo teria utilizado uma substância ainda desconhecida para atear fogo no quarto onde estava com a mulher o filho. Maria Severina, segundo vizinhos, teria sido dopada durante o dia pelo companheiro. O casal vivia uma relação instável, com brigas recorrentes, inclusive com a existência de uma segunda mulher.
Na manhã de hoje (16) os moradores da localidade se mostraram atônitos. Todos foram unânimes ao afirmar que Jairo parceria ser uma pessoa pacata e que apesar das brigas, marido e mulher trabalhavam e cuidavam do menino, conhecido na rua como Gabriel.
Gabriel, inclusive, foi a perda mais lamentada. Com lágrimas nos olhos, os vizinhos não conseguiram superar o fato de ter ouvido os gritos de ajuda do menino e não tê-lo conseguido salvar. Primeiros a entrar da casa, os vizinhos já encontraram as vítimas em óbito, completamente carbonizadas, os adultos ainda sobre a cama.
O forro de PVC, colocado há pouco mais de 10 dias, contribuiu para a rápida propagação do fogo e a total destruição da casa. Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal Estácio de Lima, onde será necropsiados e liberados para sepultamento.
