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O desembargador do Tribunal de Justiça, Edvaldo Bandeira Rios, remeteu à Procuradoria Geral da República (PGR) os autos que apontam a participação do recém-empossado deputado federal, Francisco Tenório (PMN), em uma série de assassinatos no Estado de Alagoas. O ato foi publicado no Diário da Justiça Eletrônico desta sexta-feira (11).
Após as notícias veiculadas informando a posse de Tenório na Câmara Federal, no começo do mês de janeiro, a Câmara Civil do Tribunal de Justiça despachou com objetivo de provocar a PGR sobre as acusações ofertadas pelo Ministério Público de Alagoas. Com a diplomação e, posterior posse, Chico Tenório voltar a possuir ‘foro privilegiado’. A PGR acumula há décadas vários processos e denúncias em desfavor de parlamentares de todo o Brasil, mas os processos seguem sem desfecho.
Em 2012, diante das denúncias o mesmo desembargador, como relator do processo, votou pela manutenção do pronunciamento em desfavor do então suplente de deputado, acompanhando o pedido do Ministério Público, em encaminhar Chico Tenório ao tribunal do júri.
O parlamentar é acusado pelo MP de ser o mandante na execução de Cícero Belém e José Alfredo de Souza Pontes, o ‘Alfredinho’, além de comandar uma organização criminosa no Estado. Para o MPE, a morte de Belém foi queima de arquivo, já que a vítima que trabalhava para Tenório e vinha sendo investigada pela Polícia Federal.
Chico Tenório também é acusado na morte do Cabo Gonçalves, que aconteceu em 1996 num posto de combustíveis localizado na Avenida Menino Marcelo (Via Expressa), bairro da Serraria, em Maceió. O crime foi executado por membros da gangue fardada, formada por militares alagoanos, dentre eles o ex-coronel Cavalcante, que em júri garantiu ter sido contrato por Tenório e outros dois deputados para fazer o ‘serviço’.
O novo deputado federal assumiu a cadeira deixada pela prefeita Célia Rocha (PTB), eleita no último pleito prefeita de Arapiraca.
