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G1
Vestibulandos que se preparam para o processo seletivo da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), previsto para ser realizado nos próximos dias 13 e 14 deste mês, estão apreensivos com a indefinição do fim do ano letivo de 2012. Devido a greve dos professores e técnicos da instituição, eles falam que se forem aprovados não sabem quando vão iniciar as aulas. “Não sabemos como vai ser o vestibular de uma universidade que não terminou o ano letivo. Muitos candidatos estão preocupados até se as provas vão ser realizadas no próximo final de semana. A única informação que temos é do site da empresa organizadora, que já divulgou o cartão de inscrição com o local da prova”, ressaltou a estudante Diana Dias Teixeira, de 21 anos, que vai prestar vestibular para o curso de Ciências Biológicas.
Apesar da greve, que já dura quase quatro meses, a Comissão de Vestibular da universidade afirma que o processo seletivo será mantido. “A universidade precisa fazer seu vestibular na data prevista. Quando as aulas forem retomadas, será feito um novo calendário que deve constar a data de ingresso dos alunos aprovados”, informou o representante da comissão, Rubens de Barros.
O Vestibular da Uneal está previsto para ocorrer nos seis campi da universidade, nas cidades de Arapiraca, Santana do Ipanema, Palmeira dos Índios, São Miguel dos Campos, União dos Palmares e Maceió. Este ano, 5.847 candidatos concorrem às 1.080 vagas ofertadas para as graduações da instituição.
Greve dos funcionários
A greve dos professores começou em setembro de 2012. A categoria reivindica a realização de concurso público, o pagamento da Dedicação Exclusiva (D.E.) e o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). A categoria também cobra a autonomia financeira da Uneal, reposição salarial de 17,3%, política de assistência estudantil, aumento da verba de custeio e de investimentos.
O professor Luiz Gomes, o Luizinho, do Sindicato dos Docentes da Uneal (Sinduneal), disse que o retorno das aulas ainda é indefinido. “Não temos previsão de retomar o período nem o início do novo. Não podemos dizer que as aulas vão começar na data prevista porque continuamos em greve”, expôs o professor.