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Um drama da vida real. É como pode ser definida a situação da dona de casa Rita de Cássia Rodrigues de Almeida, 33, que desde o domingo, 6, “mora” da frente do Hospital Geral do Estado (HGE), localizado no bairro do Trapiche da Barra, região Sul de Maceió.
Ela acompanha a certa distância a convalescência do marido, Antônio Quirino da Silva Neto, 30, vítima de um tiro de soca tempero que lhe atingiu a região da cabeça.
O homem está na área vermelha do hospital após ser baleado por um “amigo” de trabalho, identificado pelo prenome de Edmilson, o “Carrapato”.
Em entrevista exclusiva ao EMERGENCIA190 a mulher disse que durante o último final de semana o marido por pouco não era atropelado pelo acusado. Os dois, que trabalham na Usina Santa Maria, no município de Porto Calvo, região Norte do Estado, residem no Povoado Boa Vista, naquele município, e sem explicações “Carrapato” – tratorista da usina – por pouco não passa o trator por cima de Antônio, que após o susto foi falar com o acusado e saber dele o porquê daquilo. Os dois teriam tido uma breve discussão e a quase vítima retornou para casa onde relatou o fato para a mulher, na presença de outros familiares.
Já era final de tarde quando a família foi surpreendida – novamente – por “Carrapato” que armado com uma espingarda do tipo soca tempero desferiu um único disparo em Antônio. Na fuga o acusado gritou que se alguém da família lhe denunciasse a polícia ele retornaria para “pegar” o delator.
A vítima foi removida para o HGE, onde deu entrada na noite do domingo e onde continua. Sem dinheiro e nem família em Maceió, Rita de Cássia – que acompanhou o marido durante o socorro – se diz angustiada.
“Nossas três filhas (11, 12 e 15 anos) estão com um parente lá em Porto Calvo. Tenho medo de voltar e aquele homem acabar com a nossa vida. Estou comendo o que as pessoas me dão e só sei que ele (Antônio) está mal”, desabafou a mulher.
A última informação chegada à esposa do paciente foi que alguns chumbos atingiram partes vitais da cabeça, entre eles um dos olhos.
“Não sei ao certo, mas me falaram que ele tá quase cego de um olho e o ferimento não para de sangrar, além disso, está sentindo muitas dores e pouco se alimenta. Ninguém me deixa entrar para ver meu marido... não sei o que fazer”, finalizou Rita de Cássia que alterna o tempo em pé ou sentada no meio fio onde passam ambulâncias e outros carros que a cada momento chegam com pessoas procurando socorro.
