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Política
30/12/2012 20:21:41

Política alagoana teve escândalos e surpresas em 2012


Política alagoana teve escândalos e surpresas em 2012
Ilustração

tudonahora //

plinio lins e reneé le champion

 

Na política, 2012 foi ano de eleições municipais, e por isso, desde o ano anterior, o Estado teve que se preparar com uma grande mobilização. O motivo é que, entre todaas os estados da federação, Alagoas e Sergipe foram os dois únicos escolhidos pela Justiça Eleitoral para ter a eleição para prefeito e vereador com urna biométrica em 100% dos municípios. O recadastramento formou longas filas nos pontos de atendimento.

 

Além das eleições, alguns fatos políticos agitaram o ano que está terminando. com uma particularidade: os fatos políticos eram, em grande parte, também policiais. Gestores poderosos foram acusados em escândalos descobertos pela polícia e pelo Ministério Público.

 

Na arena político-policial, os episódios mais notórios de 2012 se deram em Rio Largo e Traipu, com dois desfechos – até agora – diametralmente opostos.

 

Traipu: o todo-poderoso perde no voto

 

Em Traipu, o ano começou com a revelação de que o prefeito afastado Marcos Santos – que estava preso desde 2011, acusado de desvio de dinheiro em sua gestão – havia participado de uma festa natalina na Casa de Custódia. Na foto, feita por um participante da festa que resolveu postá-la nas redes sociais, aparecem Marcos Santos e familiares, ao lado de outro preso ilustre, o ex-deputado Francisco Tenório, também com familiares.

 

Marcos Santos havia passado um grande período foragido, apresentou-se depois que o pedido de prisão foi revogado pela Justiça, e foi parar novamente atrás das grades após novo decreto de prisão. Novamente solto, tentou voltar à prefeitura, mas a Justiça negou. Hoje está em liberdade. Mas perdeu a eleição em Traipu para a vereadora Conceição Tavares, que assume o cargo nesta terça-feira.

 

Francisco Tenório, da cadeia para o Congresso Nacional

 

E o outro personagem que aparece na foto natalina da Casa de Custódia acabou se dando bem. Francisco Tenório, depois de ter passado mais de um ano na cadeia, acusado de mandante de assassinato, hoje está em liberdade, concedida pela Justiça, e reassumiu o cargo de delegado da  Polícia Civil de Alagoas.

 

Tenório assumirá, a partir da quarta-feira, 2 de janeiro, o mandato de deputado federal. Ele é primeiro suplente de uma coligação que inclui o PTB. Como a deputada federal Célia Rocha (PTB) vai renunciar ao mandato na Câmara porque foi eleita prefeita de Arapiraca, Tenório terá garantidos para si dois anos de mandato e imunidade parlamentar.

 

Rio Largo: após escândalo, a reeleição

 

Já em Rio Largo, o prefeito Toninho Lins, protegido pelo voto popular, reassume solenemente nesta terça-feira o cargo do qual foi afastado pela Justiça, acusado de comandar um dos grandes escândalos políticos do ano: o desvio de dinheiro a partir da alienação de um terreno em Rio Largo.

 

21 ou 31: as reviravoltas na Câmara de Maceió

 

Em Maceió, o deputado federal Rui Palmeira foi eleito prefeito no primeiro turno. Mas a grande sensação, antes e após a eleição, foi a tentativa de aumentar o número de vereadores da Câmara Municipal, dos atuais 21 para 31.

 

No dia 19 de dezembro, a solenidade de diplomação dos eleitos, no auditório do Tribunal de Justiça, foi palco de um fato inédito na política de Alagoas. Em um só dia, três decisões jurídicas provocaram reviravoltas na Câmara de Maceió.

 

Pela manhã, uma decisão do Tribunal Regional Eleitoral fixou em 21 o número de vereadores. Logo depois, no início da tarde, uma liminar do desembargador Kléver Loureiro, do TJ, mudava tudo e aumentava para 31 o número de cadeiras na Câmara – e ele mandava que todos fossem diplomados naquele mesmo dia.

 

Na hora da diplomação, uma nova decisão, agora do presidente do Tribunal de Justiça, encerrava por enquanto a controvérsia: Maceió continua com 21 vereadores. Os outros são suplentes.

 

Assembleia e Ministério Público de Contas brigam por vaga no TC

 

Com a aposentadoria do conselheiro Isnaldo Bulhões no Tribunal de Contas, em fevereiro de 2012, uma verdadeira disputa foi travada entre a Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) e o Ministério Público de Contas (MPC) para assumir a cadeira. O MP de Contas indicou o procurador Gustavo Henrique de Albuquerque para ocupar a vaga. Já o Legislativo sabatinou 13 concorrentes - alguns de peso – e escolheu o deputado e presidente da casa Fernando Toledo.

 

Em um julgamento histórico, o Tribunal de Justiça (TJ) decidiu que a vaga era do MP de Contas, sob a justificativa de que a Constituição Federal prevê na composição do Tribunal de Contas um membro do MPC e um auditor concursado.


 



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