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regina carvalho
A defesa do policial militar Eduardo Alex da Silva, acusado de matar o universitário Johnny Wilter em 2008, vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para manter o julgamento ocorrido em julho do ano passado. O militar foi condenado a dois anos de reclusão. Na prática a pena foi convertida em serviços comunitários o que revoltou parentes da vítima.
O Ministério Público Estadual conseguiu a anulação do julgamento, mas o advogado Raimundo Palmeira, que representa o acusado, alega que o júri reconheceu a inocência do seu cliente. “O tribunal anulou o julgamento, mas vamos ingressar no STJ porque o júri reconheceu que o capitão Alex agiu dentro da normalidade”, contou o advogado.
O advogado Raimundo Palmeira disse que a morte do universitário foi uma fatalidade. “Na pior das hipóteses foi precipitação. O júri entendeu que foi crime culposo, que não houve má-fé”, acrescentou Palmeira.
A mãe de Johnny Wilter diz que não houve condenação e que quer o militar na cadeia. A possibilidade de um novo julgamento levou a família da vítima a acreditar em uma pena menos branda. “A promotora entrou com recurso e fomos atendidos graças a Deus. Teremos uma segunda oportunidade”, disse Maria Cícera da Silva Pino.
A defesa do réu conseguiu convencer o júri da tese de crime culposo, quando não há intenção de matar. Maurício Brêda comandou o julgamento no dia 21 de julho de 2011. O universitário foi morto após o amigo furar bloqueio policial na parte alta da cidade. Os dois estavam de motocicleta.