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Depois de ser usado anos a fio para puxar em carroças objetos e cargas pesadas até a exaustão mesmo durante o envelhecimento, provocou que o proprietário de um cavalo cinza com pintas pretas fosse abandonado entre a estrada principal da Fazenda Frios e a BR-104, podendo a qualquer momento provocar uma tragédia como tantas que já foram presenciadas pela comunidade principalmente na rodovia federal, causando perdas de vidas preciosas e danos materiais.
Em União dos Palmares a prática é comum, e as razões vão desde o fator econômico até a idade dos animais em situações idênticas que já o deixa lento e incapaz para o trabalho pesado, que fere e deixa dolorido o seu dorso como o caso flagrado pela reportagem. O burro ou cavalo já com o tempo de trabalho esgotado e cansado não mais compensa economicamente. Sacrificar o animal vai de encontro a o pensamento de muitas pessoas que preferem cometer o crime de abandona-lo a própria sorte a o invés de lhe proporcionar uma velhice digna ao menos como pagamento pelos serviços prestados. É a velha falta de consciência. E finalmente, a ignorância da Lei porque o ato de dar liberdade a um animal na margem de um rodovia torna seu proprietário um criminoso em potencial.
Sem usar o Código de Posturas – e se fosse usado não existe na administração do município quem o cumpra, o problema chega a ser calamitoso. A PRF captura os animais que perambulam em busca de alimentos na margem da BR e os prende em um cercado improvisado onde passam dias a fio sem água e capim. Seus proprietários não vão resgata-los para não pagar uma multa irrisória (que contrasta com o dano que os animais podem causar) ou para não serem chamados atenção pela irresponsabilidade.
Na cidade, há dezenas de estábulos e pocilgas no perímetro urbano que já proporcionou até um acordo entre o Ministério Público e a Prefeitura Municipal que nunca foi cumprido porque como medida antipática para os governantes, poderia ser motivo de perda de votos ??!! É comum em determinadas ruas os fundos de quintais serem usados para criar cavalos para puxar carroças, criar até bois cujos e porcos. No caso dos equinos, donos para evitar alimenta-los na velhice, principalmente agora que é época de seca, o comum é solta-los nos bairros periféricos e deixa-los entregues a própria sorte.
A verdade é que a cidade vivencia um dos períodos mais críticos de sua história, desde o aspecto econômico até o social e o administrativo, detalhes que juntos, se tornam o maior desafio para a nova administração que terá inicio no próximo dia primeiro de janeiro de dois mil e treze.
antonioaragão //
