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O fim do mundo tem sido o assunto do momento e provocado reações diversas entre as pessoas. Pelo calendário Maia, ele iria ocorrer às 11h11 da manhã de hoje, mas se não for dessa vez, será que o último dia da humanidade está próximo?
Em Maceió, a população parece estar encarando a situação sem temor e de uma forma bem descontraída. Em vários bares da capital e também alguns pontos do interior de Alagoas, os empresários têm investido de forma irreverente no tema, criando, por exemplo, festa da ressaca do fim do mundo ou o último show do mundo.
Em um bar no bairro da Serraria, em Maceió, os organizadores chamam a atenção pelo cartaz que diz o seguinte: “Se o mundo acabar, que seja com muito rock”. O outro traz: “Pra fechar esse ano de muito Rock em Arapiraca, vamos fazer o último show do ano, que talvez, pode não acontecer”. “Ressaca do fim do mundo é no Litoral Norte, em Guaxuma”.
Para saber se o mundo vai mesmo acabar, se não hoje, outro dia próximo, a Tribuna Independente ouviu líderes religiosos e uma vidente.
Para o padre Manoel Henrique, a situação não passa de mais um alarme falso sobre o fim do mundo. O sacerdote destaca que para os católicos não há motivo de espanto, haja vista que eles creem que existe sim uma segunda vinda de Jesus Cristo, mas não se sabe nem o dia e nem a hora que vai acontecer.
“O mundo não vai acabar, porém haverá sim, de acordo com os ensinamentos bíblicos, o julgamento da humanidade, uns para a morada no céu e outros para a condenação, como está escrito em Mateus – capítulo 25”, explicou.
Dessa vez, sim
Para o norte-americano David Morrison, astrônomo da Nasa desde 1988 e responsável pelo Ask an Astrobiologist (pergunte a um astrobiólogo, em tradução livre do inglês), projeto e site governamental que responde a perguntas de internautas sobre o dia 21, o fim do mundo tem sim data marcada. Mas para a felicidade de uns e tristeza de outros não será nesta sexta.
“A Terra será engolida pelo Sol em cerca de quatro bilhões de anos. Essa não é uma teoria particular, é um fato conhecido por todos os astrônomos.” Para ele, cientificamente, também não existe evidência alguma que comprove esse “trote descabido”.
Já faz quatro anos que Morrison reserva parte de seu tempo para responder questões sobre o fim do mundo - o site já existe há dez anos. Desde o início do projeto, o astrônomo recebeu cerca de cinco mil perguntas e afirma que as responde “principalmente por causa da preocupação que essas histórias causam às crianças”.
Atualmente, chegam a ele por volta de cinco dúvidas por dia. Depois do dia 21, ele afirma que vai manter o Ask an Astrobiologist, respondendo questões sobre a “ciência verdadeira”.
