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Moradores do povoado Murici, situado na zona rural de Penedo, e professores que lecionam na localidade foram alvos de um estelionatário na manhã desta quinta-feira, 20. Bem vestido, aparentando ter cerca de 50 anos, de boa aparência e conhecedor dos programas federais ligados à área da educação, o criminoso oferecia notebooks as vítimas pelo preço de R$ 400, mas exigia uma contrapartida para que o produto fosse entregue.
De acordo com as informações repassadas com exclusividade ao portal de notícias aquiacontece.com.br, o estelionatário chegou a Escola Municipal Teotônio Ribeiro dizendo que trabalhava como representante de uma instituição ligada ao governo federal e para ganhar a confiança das pessoas começou a falar sobre a rotina da instituição de ensino, chegando a declarar, inclusive, que a escola nas fotos que tinha no sistema apareceu com outra estrutura.
“Ele chegou à comunidade falando sobre muita coisa, por isso não percebemos que a proposta na realidade seria um golpe. Ele sabia o que tinha na escola, os equipamentos, sala de informática e outras coisas. Esse homem misterioso chegou a dizer que mesmo sabendo que a direção da escola seria outra a partir de janeiro de 2013, o governo mandou um notebook também para a atual direção”, declarou uma das vítimas que pediu para não ter seu nome revelado.
A vítima do golpe contou ainda que o acusado se apresentou munido de formulários e documentos com a configuração dos computadores e fazia de tudo para que os professores e algumas pessoas da comunidade caíssem no golpe do “computador barato”.
“Umas oito pessoas que tinham o desejo de ter um computador em casa acreditaram nele e pagaram o valor cobrado, mas vão ficar no prejuízo. Antes de ir embora com o nosso dinheiro, o falsário disse que às 14 horas os notebooks chegariam pelos Correios e até agora nada. Já nos informamos e com a ajuda da internet, descobrimos que fomos vítimas de um estelionatário que vive aplicando golpes em várias cidades do país”, lamentou.
O golpista se identificou como Paulo César Passos Souza e antes de deixar a escola, que fica localizada em uma comunidade carente, escreveu em um pedaço de papel os números de sua conta bancária para que as pessoas depositassem o restante do dinheiro. O estelionatário deixou ainda um número de telefone, mas quando as pessoas ligam escutam da operadora a seguinte frase: “O número que você ligou não recebe chamadas ou não existe”.
O fato ainda não foi registrado na Delegacia Regional de Penedo.
