Após reunião com Governo, médicos legistas suspendem greve

A paralisação dos médicos legistas do Instituto Médico Legal (IML) - agendada para esta segunda-feira, 17 - foi suspensa após uma reunião da categoria com o secretário de Gestão Pública, Alexandre Lages.

Na tentativa de solucionar a situação dos médicos legistas, Lages se comprometeu em conversar com os representantes do Gabinete Civil sobre todas as reivindicações da categoria.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos (Sinmed), Wellington Galvão, as negociações avançaram e em atenção ao pedido do secretário a greve foi suspensa.

Estamos dando um voto de confiança ao secretário. Na reunião, ele disse que o projeto que favorece a classe já está pronto e se encontra no Gabinete Civil. Com isso, orientamos os legistas pela suspensão da greve. Apenas uns três legistas estão resistentes a solicitação e por isso, o fim da greve ainda será discutido em assembleia geral realizada na noite desta segunda, informou Galvão.

Os médicos legistas reclamam que o acordo firmado em setembro deste ano com o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), entre representantes do Sinmed, Ministério Público Estadual, Procuradoria Geral do Estado, Secretaria de Defesa Social e de Gestão Pública não está sendo cumprido.

Na época, o Governo de Alagoas prometeu manter a bolsa da Secretaria de Segurança Pública no valor de R$ 2.500 e enviar a Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), o projeto de lei que visa o aumento de mil reais. No total, o salário chegaria a R$ 3.500.

Além disso, o Governo ficou de implantar, a partir de janeiro de 2013, o Plano de Cargos e Carreiras (PCC) dos médicos peritos, separado dos peritos técnicos e garantiu ainda reforma do prédio do CCBI, na Praça da Faculdade, onde funcionará o IML até que o novo prédio seja construído.

A partir das 19 horas desta segunda, os médicos legistas realizam uma nova assembleia geral na sede do Sinmed, no Trapiche.

Greve dos médicos

A paralisação dos médicos da rede pública estadual chega a uma semana. A categoria decidiu continuar a greve, mesmo com a decisão do Tribunal de Justiça em considerar o movimento ilegal.

A greve está mantida. Entregamos uma proposta ao secretário de Gestão Pública hoje. Ele ficou de enviar para equipe do Governo e nos dá uma resposta. Se for acatada, também será levada a uma nova assembleia geral e o retorno as atividades será decido pela classe, disse Galvão.