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Alagoas
14/12/2012 18:22:49

Esquema de falsos benefícios fraudou R$ 13 mi no INSS


Esquema de falsos benefícios fraudou R$ 13 mi no INSS
Ilustração

Ultrapassa R$ 13 milhões o prejuízo causado pela quadrilha acusada de fraudar o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) em Alagoas através de um esquema que concedia indevidamente benefícios previdenciários de cerca de R$ 2.500. Segundo o delegado da Polícia Federal Alexandre Mendonça, o rombo pode ser ainda maior e a fraude envolvia mais de 30 empresas fantasmas. Nesta sexta-feira (14), a PF cumpriu 20 mandados de prisão e busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal. Duas pessoas foram presas – um aliciador e o assessor de um advogado – e outras duas estão foragidas.

 

Os foragidos são apontados pela PF como dois dos principais integrantes da quadrilha. Segundo Mendonça, a polícia acredita que o grupo atuava desde 2004. Todos os envolvidos responderão por estelionato qualificado. 

 

O delegado afirmou, em entrevista coletiva na tarde desta sexta, que os aliciadores recebiam entre R$ 3 mil e R$ 5 mil e faziam a interlocução do aliciado com o médico que emitia os atestados de saúde. Cada atestado custava de R$ 150 a R$ 200. Já o servidor do INSS que agilizava a perícia médica recebia R$ 200 por cada trâmite.

 

Entre os investigados há um contador, um assessor de escritório de advocacia, dois aliciadores e um servidor do INSS, acusados de receber documentos, agendar perícias médicas e demais atividades referentes à concessão de benefícios indevidos, mediante o recebimento da propina.

 

A operação, denominada CID-F Parte II, é uma continuidade do trabalho desencadeado em junho do ano passado, em que foram presos médicos e beneficiários do INSS acusados de envolvimento em uma fraude milionária: uma quadrilha se utilizava de diversas empresas fantasmas para inserção de vínculos empregatícias falsos nos sistemas informatizados da Previdência Social, visando à obtenção de benefícios previdenciários, dentre outros, de auxílio-doença, aposentadorias por invalidez e por tempo de contribuição.

 

De acordo com Mendonça, desde o princípio da operação em 2011 até agora surgiram novos nomes e empresas fantasmas estavam sendo reativadas.

 

Na manhã desde hoje, dezesseis beneficiários foram conduzidos coercitivamente para a Superintendência da PF para prestar esclarecimentos. Também foram apreendidos vários documentos, um automóvel e computadores que passarão por análise na sede da PF. A operação de hoje se concentrou na região do Tabuleiro, parte alta de Maceió, e contou com 46 policiais federais e servidores da Previdência Social.

 

Até o momento, os federais e os técnicos do INSS que participaram das investigações detectaram cerca de 20 benefícios previdenciários que teriam sido concedidos indevidamente.

 

Os investigados poderão ser indiciados, ainda, pelos crimes de estelionato, formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva e inserção de dados falsos nos sistemas corporativos da Previdência Social.

 

O nome da operação faz alusão a integrantes do esquema criminoso, pois muitos se passavam por portadores de doenças psiquiátricas.


 tudonahaora //



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