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janaina ribeiro e tiago gomes
Até o momento, sete pessoas foram presas e fechadas duas ‘clínicas de fachada’ – uma em Maceió e outra em Arapiraca – numa operação deflagrada desde a manhã por equipes da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) da Polícia Civil para combater o tráfico de drogas. Entre os detidos, está uma advogada de Alagoas que é suspeita de revender entorpecentes para uma relação de compradores dos estabelecimentos.
Os trabalhos ainda não foram concluídos e começaram pela manhã no Terminal Rodoviário de Maceió. Três pessoas – sendo uma mulher e dois homens – foram presos e autuados em flagrante delito no instante em que desciam do ônibus e iriam repassar pasta base de cocaína para o refino nas referidas clínicas.
De acordo com a delegada Ana Luiza Nogueira, coordenadora da Deic, os três fazem parte de uma quadrilha que atua unicamente no estado e cujos integrantes são funcionários e donos de supostas clínicas de estética e de produtos naturais. As lojas, na verdade, eram laboratórios onde as substâncias eram transformadas em drogas para a revenda. Listas de compradores foram apreendidas pela Polícia Civil no interior dos estabelecimentos.
No quintal de uma, localizada no bairro do Farol, em Maceió, os policiais apreenderam três quilos de pasta base de cocaína, mais uma quantidade da mesma substância já refinada e ainda não mensurada, balanças de precisão e R$ 1 mil em dinheiro. Três funcionárias foram levadas para prestar depoimento. A dona da clínica, identificada como Olga Conrado, foi presa.
Ainda conforme a delegada, o líder do bando seria um dos empresários. Ele mantinha a clínica como fachada e, na verdade, articulava a venda de drogas em Alagoas. A quadrilha, segundo Ana Luiza, foi descoberta há cerca de quatro meses e a polícia tentava descobrir como o entorpecente chegava no estado. Após esse período de investigação, soube que a droga estava vindo da região Norte.
Há mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, privativa do combate às organizações criminosas. Uma entrevista coletiva será convocada para dar detalhes da operação.
