SIGA NOSSO:
emergência190 //
As prisões na última sexta-feira, 07, de três suspeitos de tráfico de drogas, levou a polícia alagoana a uma surpresa. O retorno dos “chumbetas” (nome dado às pessoas que não são policiais e trabalhavam na área da Segurança Pública) aos trabalhos operacionais da Polícia Civil (PC) de Alagoas.
Apesar de serem combatidos de forma sistemática alguns dos falsos policiais conseguiram “escapar” da malha fina e retornar as delegacias, onde ocupam o lugar dos verdadeiros agentes e escrivães.
A recente descoberta envolve a pessoa de José Cícero Pires Leobino, o “Ciço Policial”, que há muitos anos dava expediente na Delegacia da PC de Mata Grande, no Sertão de Alagoas. Ele foi preso na noite da sexta-feira na companhia de Sérgio Murilo da Silva e João Bruno Santos de Almeida flagrados quando estavam em um dos trechos da Rua Afonso Viana, na Avenida Rotary, no bairro do Farol, em Maceió. O trio estava em um veículo, um Gol, placa MUP 8035 (Mata Grande/AL) onde foram encontrados sete quilos de maconha escondida na caixa de som do veículo LEIA AQUI.
Na Central de Polícia, para onde o trio foi levado, a farsa começou a ser descoberta. “Ciço Policial” se apresentou como o responsável pelo veículo. Ele declarou que o genro, conhecido pelo prenome de Adriano ou “Gordo de Luizinho”, era o dono do veículo e que havia lhe emprestado o carro para que a droga – procedente de Mata Grande – fosse entregue a compradores em Maceió.
No desenrolar do depoimento também foi descoberto que o genro do falso policial é suspeito de ter se envolvido em um assassinato. A vítima foi o motociclista Izael da Silva Nobre, 26, morto a tiros em março deste ano às margens da AL-140, no Sítio Baixa do Galo, município de Mata Grande. Parentes da vítima relataram que quem matou Izael ainda levou a motocicleta CG Honda, de cor preta e sem placa. O nome de “Gordo do Luizinho” chegou a ser citado como o autor do latrocínio (roubo seguido de morte), mas nada ficou confirmado.
Cícero Leobino tinha “carta branca” para atuar nas operações de combate ao tráfico de drogas e assaltos a agências bancárias na região do Sertão e já esteve à frente de grandes prisões. Mas as investigações visam inicialmente esclarecer quem pagava o salário do falso policial e se “Ciço Policial” usou de sua influência para beneficiar traficantes de drogas que agem na região.
