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O promotor Alfredo Gaspar de Mendonça, coordenador do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do Ministério Público Estadual (MP/AL) confidenciou ao jornalista Ricardo Mota, do Pajuçara Sistema de Comunicação, que já conseguiu provar o desvio de R$ 3 milhões em recursos da Prefeitura Municipal de Maragogi. Na semana passada, o Gecoc foi até a cidade e colheu documentos para apurar indícios de desvios de recursos públicos. Até o momento, conforme destacou o promotor, o prefeito Marcos Madeira (PSD), não foi apontado diretamente como suspeito dos desmandos.
“Já temos provas do desvio. Mas a investigação vai continuar”, salientou o promotor.
Nossa reportagem tentou esmiuçar detalhes com o promotor, que não atendeu nossas ligações, e em um segundo momento o celular estava desligado. Entretanto, ainda por meio da conversa com o jornalista Ricardo Mota, o promotor disse que cinco empresários foram ouvidos, ontem, pelo grupo de promotores e afirmaram que nunca tiveram acesso aos recursos em questão, no caso os R$ 3 milhões, de um processo licitatório.
Os empresários foram vítimas de um golpe, contou Gaspar de Mendonça. “Eles foram vítimas do golpe. Nunca participaram de qualquer licitação no município nem realizaram obras por lá. Seus nomes estão sendo preservados, mas os depoimentos confirmam o que já tínhamos apurado”, confirmou o promotor.
O modus operandi utilizado para fraudar licitações em Maragogi foi o mesmo utilizado no município de Rio Largo, segundo conta o MP e o próprio promotor Alfredo Gaspar de Mendonça, no dia da operação deflagrada na cidade balneário, na semana passada. A apuração do MP aponta que as licitações eram feitas com os nomes das empresas - porém, sem o conhecimento delas - e assim elas empresas ganhavam a licitação, entretanto não tinham acesso ao dinheiro.
Em entrevista a uma rádio local, o prefeito Marcos Madeira afirmou estar tranquilo quanto o rumo das investigações do Ministério Público Estadual.