O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, Sebastião Costa Filho, derrubou a decisão do juiz da comarca de Coruripe, Sóstenes Alex Costa de Andrade, de intervenção nas empresas do Grupo João Lyra. A decisão do desembargador será publicada no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) desta quarta-feira (07).
Os advogados do Grupo JL impetraram um embargo junto ao magistrado que negou o pedido. No entanto, a defesa recorreu da decisão na instância superior da justiça alagoana e o pedido foi acatado pelo presidente do órgão. Com isso, o Grupo João Lyra que deveria ficar sob comando de interventores por tempo indeterminado continuará sendo administrado pela mesma equipe.
A decisão do juiz Sóstenes Alex Costa de Andrade foi publicada no dia 26 de outubro, quando o magistrado determinou o afastamento de toda a direção da Laginha, que integra o Grupo João Lyra, inclusive o próprio deputado federal.
O processo de intervenção, que aconteceria em tempo indeterminado, ficaria sob o comando do administrador de empresas Ademar Amorim, com o auxílio do advogado Carlos Benedito Lima Franco e do economista João Evaldo Louzasso, ambos nomeados por meio do decreto do magistrado para compor o conselho de administração.
No dia 27 de setembro, o Tribunal de Justiça de Alagoas decretou a falência do Grupo João Lyra, que possui uma dívida de R$ 1,285 bilhão. A decisão da Terceira Câmara Cível teve como base o fato de o valor não ter sido pago aos credores dentro do prazo estabelecido pela Justiça com base no plano de recuperação apresentado pelo grupo em 2009.
Na decisão, o juiz Marcelo Tadeu explicou que o Grupo JL não aportou os recursos prometidos e com isso o equilíbrio financeiro foi comprometido. As usinas Laginha, Guaxuma e Uruba (em Alagoas) e Triálcool e Vale do Paranaíba (em Minas Gerais) serão afetadas. A LUG Táxi Aéreo e a concessionária de veículos Mapel também tiveram decreto de falência. As empresas de comunicação não serão afetadas pela decisão.
cadaminuto //
anna cláudia almeida