Os primeiros indícios de presença humana na hoje mundialmente conhecida União dos Palmares datam de finais do século XVI, quando os negros fugitivos dos engenhos de açúcar dos atuais estados de Alagoas e Pernambuco chegaram a Serra da Barriga, onde instalaram a sede do “Quilombo dos Palmares”, que simbolizou a primeira tentativa de vida livre nas Américas, surgido provavelmente por volta de 1580, durando até 1695, ano em que foi morto Zumbi, seu principal líder pelas forças comandadas pelo bandeirante Domingos Jorge Velho.
Tinha uma extensão média de 200 quilômetros quadrados, englobando terras da zona da mata dos atuais Alagoas e Pernambuco. Inicialmente, quando sede do Quilombo, a localidade chamava-se “Cerca Real dos Macacos” (em função de milhares de símios que existiam na região, hoje extintos). Outra versão dá conta que o nome era pela presença do riacho Macacos. Por volta de 1730, o português Domingos de Pino chegou à região e se estabeleceu a margem do então riacho Mundaú, onde construiu uma capela dedicada a Santa Maria Madalena, que futuramente transferiu-se para um local mais alto da cidade em função do crescimento do rio e as cheias em tempo de inverno. Daí, o primeiro nome oficial do lugar: “Vila de Santa Maria”.
Já no Império, quando da visita da Imperatriz Leopoldina, mudou-se o nome para Imperatriz, em 1931, oportunidade em que a vila ganhou autonomia administrativa. Assim se chamou até finais do século XIX. Ao ser inaugurada a estrada de ferro em 1894, outra vez mudou o nome da localidade, desta feita para União devido à baldeação dos trens oriundos de Recife e Maceió através de um “viradouro” (aparelho que contém trilhos usado para inverter a posição das locomotivas, que era acionado pelos funcionários da antiga RFFSA) e que ainda hoje existente nas imediações da antiga estação ferroviária.
Contudo, o nome definitivo da cidade só veio a ser dado em 1944, quando passou a chamar-se União dos Palmares. União, pelo fato de haver também abundância de palmeiras na flora do município.
A situação Geográfica: Microrregião da Mata alagoana, limitando-se com os municípios de Santana do Mundau, Branquinha, Chã preta, Joaquim Gomes, Ibateguara e São José da Laje. Área territorial: 426 quilômetros quadrados. O clima é tropical: quente e úmido. A temperatura oscila entre os 18º C e 28º C. Altitude: 135 metros acima do nível do mar (Oceano Atlântico). A economia funda-se na cana de açúcar, avicultura, pecuária e agricultura. Via principal de acesso: BR-104, distando 75 quilômetros de Maceió (capital do estado) e 36 da divisa com o estado de Pernambuco, cuja rodovia atualmente encontra-se em excelente estado de trafegabilidade. A população estimada, contrariando o ultimo censo do IBGE oscila entre 70 e 75 mil habitantes. O povo é ordeiro e trabalhador. Tem vários instituições de ensino fundamental, primeiro e segundo grau e superior.
Em seu território, abrange a majestosa “Serra da Barriga” que é um dos mais significativos exemplos de resgate da história dos afro-brasileiros com papel fundamental na reconstrução da trajetória da luta pela libertação dos escravos. Da Redação.