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Saúde
15/10/2012 10:48:58

Saiba como é a cirurgia para curar a impotência sexual


Saiba como é a cirurgia para curar a impotência sexual
Kejuru confessa ter sido operado contra importencia

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Quatro em cada dez homens com mais de 50 anos sofrem de um problema de saúde devastador da autoestima, que também pode ser um anúncio de infarto e acidente vascular cerebral .

Apesar da gravidade que cerca a impotência sexual, a vergonha afasta os pacientes dos tratamentos e impede que eles tenham acesso às técnicas desenvolvidas para reverter a disfunção erétil.

 

Prova disso é a cirurgia de prótese peniana, procedimento que está no mercado há 35 anos mas ainda é pouco conhecido do universo masculino.

A operação saiu ligeiramente do anonimato quando o apresentador Jorge Kajuru resolveu falar, sem rodeios, que tinha encarado o bisturi para voltar a “ter prazer em viver”.

 

Kajuru é diabético e, até bem pouco tempo, sofria de obesidade mórbida, duas condições que além de falirem com a capacidade de enrijecimento do órgão sexual masculino também podem comprometer a ação dos medicamentos existentes contra a disfunção erétil.

 

Para esta gama de pessoas que não se dá bem com as conhecidas pílulas azuis, o urologista Marcelo Salim – médico que operou o apresentador – afirma que as cirurgias são um caminho possível.

 

“Os medicamentos responsáveis pela ereção foram a grande revolução para tratamento da disfunção erétil. Só depois de confirmada a ineficiência, está autorizado usar drogas injetáveis, como a prostaglandina (aplicada diretamente no pênis, horas antes da relação sexual)”, explica Salim.

 

“Se as injeções também não forem suficientes, a opção é a cirurgia de prótese peniana, um procedimento seguro, reconhecido e realizado pelos melhores centros médicos do mundo”, garante Salim, que já operou 102 pacientes.

 

O urologista Paulo Egydio , uma das principais autoridades brasileiras no tratamento da disfunção erétil, explica que no País a cirurgia peniana mais realizada é feita com uma prótese de silicone maleável.

 

“Com anestesia local, criamos uma cavidade embaixo da pele do pênis, onde é colocado o bastão de silicone, compatível com o tamanho do órgão sexual do paciente. Os nervos locais são preservados, o que permite a reação aos estímulos e a ereção”, explica Egydio, que já realizou 2,5 mil operações como esta.

 

“Como o pênis volta a ter firmeza e rigidez, o homem fica capaz de fazer penetração. A ejaculação não é comprometida.”

 

Centímetros a mais

 

Após a colocação da prótese, o pênis do paciente fica todo tempo enrijecido. Mas como o silicone é maleável, explica o especialista, é possível acomodá-lo para cima ou para baixo e disfarçar o volume.

 

“Outra vantagem da técnica é que, simultaneamente à colocação da prótese, é possível fazer a reconstrução peniana. Alguns pacientes, por causa dos problemas de saúde que desencadearam a disfunção erétil, perdem entre 2 e 4 centímetros do tamanho do órgão sexual. Isso ocorre por falhas na circulação e atrofiamento das veias”, explica o urologista.

 

Segundo ele, é possível recuperar o que foi perdido por meio da reconstrução. “Não dá para trazer centímetros extras e, sim, deixar o órgão do tamanho que ele teve um dia”, ressalta o especialista Egydio.

 

Polêmica:  Será que finasterida causa impotência?

 

O diretor do Departamento de Sexualidade Humana da Sociedade Brasileira de Urologia, Geraldo Eduardo Faria, endossa que a cirurgia para curar a impotência recupera a capacidade de ereção.

“Não é um mecanismo capaz de trazer de volta a libido e o apetite sexual”, esclarece.

 

“Por isso, a avaliação do médico é fundamental, pois a disfunção erétil pode ser um sintoma psicológico e não só orgânico. Além disso, como envolve outras doenças crônicas, por vezes o simples controle do diabetes pode melhorar a potência sexual.”



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