Estudantes de Colônia protestam contra suspensão de transporte escolar

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janaina ribeiro

Dezenas de universitários e professores fizeram um protesto, na tarde desta quarta-feira (10), na cidade de Colônia de Leopoldina, contra a suspensão do transporte escolar que os levam para os municípios onde eles cursam o ensino superior. Professores com salários atrasados ‘engrossaram’ a fila dos insatisfeitos e também saíram pelas ruas cobrando o pagamento dos seus vencimentos.

A manifestação aconteceu pelas principais vias de Colônia de Leopoldina, desde a entrada da cidade e foi até o Centro, onde está localizado o prédio da Prefeitura Municipal. “Fomos até o Fórum e pedimos a intervenção do Ministério Público Estadual. O promotor foi até o Poder Executivo e, depois que se reuniu com o prefeito Cássio Alexandre, disse-nos que os dois ônibus que faziam o transporte escolar não iriam mais realizar o serviço. Isso é um absurso. O prefeito fez isso porque está com raiva por ter perdido as eleições aqui”, disparou Dariana Silva, que, diariamente vem a Maceió para estudar num cursinho preparatório para concursos.

Segundo ela, mais de 60 estudantes participaram do protesto e, a eles, juntaram-se professores da rede municial de ensino. “Só para Maceió, com destino a diferentes faculdades e cursinhos, somos em 80 pessoas. E, ao todo, porque a maioria segue para Palmares, interior de Pernambuco, são mais 170 estundantes. Não podemos ser prejudicados por causa de política. A educação tem que está acima das disputas eleitorais”, declarou ela, acrescentando que, desde segunda-feira (08), os dois ônibus deixaram de buscar os estudantes na principal praça da cidade.

Professores no protesto

Educadoredes da Prefeitura de Colônia de Leopoldina também participaram da manifestação pelas ruas da cidade. “Se a Paula Rocha venceu o pleito foi porque o povo quis e o prefeito tem que respeitar a decisão soberana da população. Ele tem que entender isso e continuar fazendo o trabalho de administrar a cidade. Sou professora efetiva e estou há um mês e 10 dias sem receber. Se já estamos com os salários atrasados desde antes das eleições, imagine agora. O que será que vai acontecer? Os colegas que são prestadores de serviço estão há 90 dias sem ver a cor dos seus vencimentos. Essa situação não é justa”, afirmou Gersandra Oliveira, professora do Ensino Fundamental.

A Gazetaweb.com tentou falar com o prefeito Cássio Alexandre através de um número celular fornecido pela Associação dos Municípios Alagoanos, entretanto, o telefone estava desligado. Também foi tentado um contato através de três números fixos da Prefeitura, todavia, nenhum foi atendido.