tribunahoje //
Historicamente, dizem que o eleitor não sabe votar, mas, por outro lado, outro dito popular dá ao povo o líder que ele merece. Independente de voto errado ou não, dos 102 prefeitos eleitos no último domingo, 27 têm contas a acertar com a Justiça comum - ou eleitoral. Entre os crimes cometidos por eles, nepotismo, desvio de merenda escolar, pedofilia, estelionato, até homicídio.
Conheça alguns dos prefeitos que o povo de suas cidades acreditou neles como seus respectivos governantes, sem levar - ou levando - em conta os crimes supostamente atribuídos a eles, visto que muitos ainda estão com processos em tramitação.
Avânio Feitosa (PP), reeleito em Belo Monte, responde por estelionato e apropriação indébita na Justiça estadual. O professor Mano (PTB), vencedor no pleito municipal em Atalaia, está envolvido em um processo de comercialização de votos em troca de benefícios do programa federal Bolsa Família.
A lista continua crescendo com o prefeito eleito de Boca da Mata, Gustavo Feijó (PDT), que foi condenado por desacato e desordem, pelo próprio Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL).
Outro reeleito que também já teve problema com a Justiça é Atevaldo Cabral (PMDB), de Ouro Branco, que inclusive teve a maior diferença entre adversários neste pleito. Cabral, apesar de estar respondendo na Justiça por crime de pedofilia, conseguiu 98,79% dos votos válidos.
Ainda pelo Sertão, o prefeito Júnior Ernesto (PP) é mais um que teve que demitir familiares-servidores. Em Jacaré dos Homens, o gestor contratou servidores sem prestar concurso público. A Polícia Federal o indiciou, além de enquadrá-lo em transporte irregular de servidores.