gazetaweb //
janaina ribeiro e regina carvalho
A universitária Bárbara Regina Gomes foi assassinada com requintes de crueldade - estrangulada e com golpes de faca no peito - por um rapaz apontado como violento e psicopata. A vítima teria sido morta porque se recusou a ter relações sexuais. Essa foi a conclusão do inquérito da Polícia Civil, que, na tarde desta sexta-feira (21), concedeu coletiva para informar sobre o resultado das investigações. O acusado, Otávio Cardoso da Silva Neto, de 25 anos, já está com prisão decretada e é considerado foragido da Justiça.
“Acreditamos que a Bárbara foi assassinada porque teria se recusado a manter relações sexuais com o Otávio. Já sabemos que o próprio acusado confessou a um amigo que, inicialmente, estrangulou a universitária e, em seguida, desferiu vários golpes de faca no peito dela", declarou o delegado Antonio Nunes, da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic).
O carro usado por ele no dia do crime, um Corsa Sedan preto, pode ser de "estouro". No veículo, havia barro e fuligem de cana, o que para a polícia pode indicar que o o corpo de Bárbara Regina está em local de difícil acesso, como matagal ou canavial.
Psicopatia
De acordo com a polícia, Otávio Cardoso é doente. “Há suspeitas de que ele é psicopata. Inclusive, responde por uma acusação de estupro contra uma mulher. Temos ainda informações de que ele, sempre agindo com agressividade, teria esfaqueado também o pai e já fora preso por porte ilegal de armas”, acrescentou o delegado Paulo Cerqueira, delegado-geral da PC.
Segundo a polícia, o acusado, que é natural do município de Murici, mora no Centro, na Rua Dias Cabral e divide a residência com um homem homossexual, identificado como José Antônio. Ele está sumido desde o dia do crime.
A polícia informou que conseguiu desvendar o crime após ver as imagens da boate Le Hotel, onde Bárbara foi vista pela última vez saindo com ela. Depois colheu depoimentos e ouviu testemunhas que confirmaram o perfil supostamente criminoso de Otávio. "Estamos apresentando as imagens para que ele seja preso e o corpo de Bárbara seja localizado. O caso está elucidado", disse Paulo Cerqueira.
Uma prova da ligação de Otávio com o crime, segundo a polícia, é que no dia 1º deste mês ele pegou pegou o chip dele e colocou no aparelho celular dela (Bárbara) para fazer uma ligação.