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21/09/2012 11:21:46

Greve da PF deixa 1,5 mil inquéritos parados em Alagoas


Greve da PF deixa 1,5 mil inquéritos parados em Alagoas
Sede da PF em Maceió

gazetaweb //

jobinsol barros e wanessa oliveira

 

Cerca de 1,5 mil inquéritos estão parados em Alagoas desde que a Polícia Federal entrou em greve. Ao completar 45 dias de paralisação nesta sexta-feira, 21, a categoria segue sem prazo para o retorno aos trabalhos, em meio à falta de acordo com o Governo Federal. Nesta manhã, uma sessão pública na Assembleia Legislativa do Estado discutiu o assunto.

O presidente do sindicato dos policiais federais em Alagoas, Tomé Cavalcante, explicou que as investigações estão distribuídas entre crimes ambientais, tráfico de drogas, fraudes e casos de corrupção. Em meio ao balanço, entretanto, não há informação sobre denúncias de crimes eleitorais. “Ou essas denúncias estão encaminhadas aos 30% dos que estão trabalhando, ou elas não existem mesmo, porque não temos nenhuma informação nesse sentido”, afirmou.

Ainda de acordo com o sindicalista, não houve qualquer acordo entre os trabalhadores e União, por meio do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, apesar de a greve contar com adesão total da categoria. “O número de servidores na PF é inferior demais ao pleiteado pela categoria. Temos 100 servidores no total e precisamos de 300 para cobrir todo o Estado”, reforçou Cavalcante.

Ainda segundo o sindicalista, a única ação do governo federal foi pressionar os policiais federais com o corte de salários. “Só vamos receber os cinco primeiros dias do mês de agosto, relativos a 15% do salário, mas, ainda assim, a categoria vai continuar em greve por tempo indeterminado”, assegurou.

A situação em que se encontra o Estado, em meio à paralisação dos policiais federais - entre agentes papiloscopistas e escrivões -, foi relatada nesta sexta, durante uma sessão pública proposta pelo deputado estadual Ronaldo Medeiros (PT). A medida seguinte, de acordo com Tomé Cavalcante, será encaminhar o resultado da reunião à Brasília.

“Queremos escrever uma carta e encaminhá-la ao governo, para que haja uma negociação com urgência, já que formamos uma categoria que lida com vidas e combate um dos principais males da humanidade, que é a criminalidade. E as investigações estão todas sem solução. A PF não pode permanecer parada”, alertou.

Em greve desde o dia 09 de agosto, os servidores da Polícia Federal reivindicam uma reorganização no plano de carreiras, de modo a elevar os servidores ao nível superior, reajustando o salário para R$ 12 mil. Atualmente, os proventos recebidos giram em torno de R$ 7 mil.



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