SIGA NOSSO:
cadaminuto //
Indignados com o atraso por três meses do pagamento dos salários, servidores da educação do município da Barra de Santo Antônio, no Litoral Norte de Alagoas, invadiram na manhã desta quarta-feira (19) a sede da prefeitura. Eles alegam que não há um posicionamento da gestora Maria Cícera Mendonça Casado, a ‘Ciçou’, quanto à previsão de que a situação seja regularizada na cidade.
O Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) tinha uma reunião marcada para as 9h de hoje com Ciçou, no entanto, foram comunicados pela própria prefeita que o encontro não poderia acontecer. Revoltados com o descaso, os funcionários invadiram a sede do executivo municipal e estão ‘acampados’ no gabinete da prefeita. Policiais militares foram acionados e tentam negociar com o grupo a saída do prédio.
O município vive um clima de tensão há menos de 20 dias do pleito que definirá o novo prefeito. Além do problema enfrentado na área da educação, a prefeita precisa driblar a situação envolvendo os médicos do Programa de Saúde da Família (PSF) que desde outubro de 2011 está em greve.
De acordo com o vice-prefeito da Barra, Carlos Alexandre Pereira, o caos está instalado na cidade, afirmando que o salário dos servidores está atrasado porque Ciçou vem utilizando a máquina da prefeitura para sua reeleição. “Ao invés de honrar os compromissos, ela fica atrasando os pagamentos e acaba gerando esse caos que a Barra vive nos últimos tempos”, desabafou.
Ao todo, a prefeitura dispõe de seis equipes do PSF para atuar diariamente, das 8h às 16h, no município. No entanto, com a paralisação, os médicos estão trabalhando em esquema de rodízio com apenas um profissional por dia o que, segundo o vice-prefeito, atrapalha os serviços da saúde e prejudica a população.
Irregularidades na prefeitura
Prefeita e vice não estão mais se entendendo. Isto porque, segundo Carlos Alexandre, ao constatar irregularidades na administração de Ciçou, alertou-a para que os problemas fossem solucionados, mas sem obter resposta, acabou levando o caso às autoridades competentes.
“Existem dois inquéritos nos Ministérios Público Estadual e Federal contra a prefeita, que utilizou o poder para fazer uso da máquina pública de maneira irresponsável. O Tribunal de Contas da União, em 2009 e 2010 realizou uma auditoria no município e constatou essas irregularidades”, garantiu o vice.
