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wanessa oliveira
Sem acordo com os banqueiros, mais de três mil trabalhadores devem paralisar as atividades a partir do próximo dia 18, nas 170 agências alagoanas. O indicativo de greve deve ser confirmado pela categoria na noite desta quarta-feira, 12, durante assembleia a ser realizada na sede do sindicato, no centro de Maceió.
O presidente do Sindicato dos Bancários, Jairo França, informou que a paralisação integra o movimento de campanha salarial liderado pelo Comando Nacional dos Bancários, cujas negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) emperraram desde o dia 4 deste mês. “Nossa reivindicação é por 10, 25%, mas a proposta por parte dos bancos é de 6%, muito pouco para o que queremos”, explicou o sindicalista.
Em defesa do reajuste, uma carta assinada pelo presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, e enviada à Fenaban, expõe os lucros líquidos dos bancos – segundo ele, os cinco maiores arrecadaram R$ 50,7 bilhões em 2011, despontando como a maior rentabilidade em todo o mundo.
As cláusulas de saúde e de segurança, segundo Jairo França, também compõem a pauta. “Os bancos não apresentaram nenhuma solução quanto a essas questões. Além disso, há ainda o problema das metas abusivas, que continuam atormentando os funcionários de agências em todo o Estado”, emendou.
De acordo com o Comando Nacional, também compõem a lista de reivindicações os seguintes itens: piso salarial de R$ 2.416,38; Plano de Cargos e Salários para todos os bancários; elevação para R$ 622 nos valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação e do auxílio creche/babá; criação do 13ª auxílio-refeição; mais contratações; proteção contra demissões imotivadas; e combate ao assédio moral, à rotatividade e às metas abusivas.
Ainda de acordo com Jairo França, o indicativo de greve só deverá ser interrompido caso, até o dia 17, a Fenaban apresente uma nova proposta.