mais.al //
valdete calheiros - o joral
O número de afastamentos do trabalho em função do alcoolismo cresceu 60% nos últimos cinco anos no país, de acordo com dados do Ministério da Previdência Social.
Em Alagoas, de janeiro a agosto deste ano, 132 pessoas precisaram ser afastadas em decorrência do álcool. A bebida, apesar de ser aceita socialmente, causa graves danos à saúde física, emocional e até mesmo financeira do dependente.
Quando a pessoa chega ao “fundo do poço” e reconhece que o álcool está lhe tirando a vida, a família e o emprego pode estar na hora de procurar ajuda com os Alcoólicos Anônimos.
O Alcoólicos Anônimos é uma irmandade de homens e mulheres que compartilham suas experiências, forças e esperanças a fim de resolver seu problema comum a ajudar outros a se recuperarem do alcoolismo.
O único requisito para tornar-se membro é o desejo de parar de beber. O Alcoólicos Anônimos tem como propósito primordial manter seus membros sóbrios e a ajudar outros alcoólicos a alcançarem a sobriedade.
O Alcoólicos Anônimos traz 12 perguntas que a pessoa deve fazer a si mesma para identificar se está ou precisando de ajuda.
O álcool não escolhe suas vítimas de acordo com a classe social, idade, raça ou sexo. Nesse ponto, a bebida é bastante democrática. Vitima qualquer pessoa que diante de um copo não tem somente o prazer de beber e, sim, o peso de uma dependência, de uma doença.
A reportagem esteve no Alcoólicos Anônimos, na Rua do Livramento, e ouviu depoimentos emocionados de pessoas que tiveram que, um dia, escolher entre a dignidade e o copo de bebida.
Leonardo lembra que começou a beber muito cedo. Aos 13 anos de idade, já engolia, sem vergonha alguma, doses e doses de bebidas. Aos poucos, passou a ingerir todo tipo de bebida.
Até mesmo álcool combustível. Sem saber como, passou a dividir todos os momentos vividos fossem alegres ou tristes como o copo... sempre cheio. Foi assim até os 41 anos de idade.