Greve tira de circulação toda frota de ônibus da capital

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Apesar de terem se comprometido de manter 80% da frota em circulação a partir de hoje, os rodoviários de Maceió mantiveram a greve total dos ônibus e a cidade amanheceu, mais um dia, sem transporte público. Em assembleia na sede da empresa Piedade, desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (21), os rodoviários decidiram pela continuidade de 100% da greve, que é por tempo indeterminado.

Nem a determinação da Justiça e a ameaça de serem presos novamente, impediram que os rodoviários endurecessem o discurso e afirmassem que, se voltassem a ser presos, os protestos iam ser mais radicais. "Já estamos esperando voltar para cadeia. Mas isso acontecer, a categoria vai radicalizar com novos protestos", afirmou Écio Ângelo, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários (Sinttro).

"O sindicato fez a parte que lhe cabia, que era conversar com os motoristas. Mas eles próprios estão decididos a manter a greve até que suas reivindicações sejam atendidas. O sidicato não pode atropelar a decisão da maioria", afirmou o presidente. 

Nesta segunda-feira, depois de um dia completo de caos, protestos e manifestações em vários pontos da cidade, oito rodoviários foram presos, após descumprirem a determinação do presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT/AL), desembargador Severino Rodrigues.

No final da noite, para serem liberados eles garantiram que a paralisação total dos serviços estaria suspensa pelo menos até a próxima sexta-feira (24), quando está marcada uma audiência de conciliação com representantes das empresas.

De acordo com o advogado de defesa dos rodoviários, Ricardo Coêlho, a orientação judicial foi de que fossem mantidos os serviços de 80% da frota em Maceió. "Essa foi a orientação do presidente do TRT [desembargador Severino Rodrigues], como condição para a liberação", disse Coêlho.

Enquanto isso, milhares de pessoas esperam, em vão, nos pontos de ônibus para chegar ao trabalho. Para suprir a carência dos serviços, motoristas de vans e táxis-lotações são a única alternativa de transporte, mas o preço da passagem pode chegar a R$ 8, segundo a informação de alguns internautas, através das redes sociais.

Em vários pontos da cidade, o congestionamento de veículos é intenso.