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Economia
19/08/2012 10:10:29

Grupo João Lyra supera fase crítica e anuncia moagem nas 3 usinas de Alagoas


Grupo João Lyra supera fase crítica e anuncia moagem nas 3 usinas de Alagoas
Usina Lajinha em União dos Palmares

gazetaweb //

 

O cenário de crise e incertezas parece coisa do passado no Grupo João Lyra. Hoje a realidade é outra. O pagamento de trabalhadores e de fornecedores dá novo ânimo a quem antes temia pelo pior.
 
Essa semana a usina Vale do Paranaíba, em Capinopólis, MG, inicia a moagem. A Triácool, situada em Canapólis, MG, deve iniciar a moagem na próxima terça. Essas duas unidades vão começar a moagem com cerca de quatro meses de atraso. Mas a operação das usinas dá novo ânimo ao grupo.
 
As três usinas de Alagoas também devem iniciar a moagem a partir do próximo mês, adianta Paulo Santos, o Paulão, hoje um dos principais assessores do deputado federal e empresário João Lyra.
 
“A Uruba vai moer entre 20 e 22 de setembro, a Guaxuma no início de outubro e a Laginha entre o final de setembro e o início de outubro”, diz.
 
A informação de Paulão desmente boatos que circulam desde a semana passada de que a usina Laginha não iria entrar em operação nesta safra.
 
Nova fase é marcada pelo pagamento de salários
O grupo João Lyra, como se sabe, está em recuperação judicial. De acordo com Paulão, as empresas estão seguindo as recomendações da Justiça, entre elas a criação de um conselho de administração e a desmobilização de ativos.
 
“O grupo está entrando numa fase nova. A política do grupo é o investimento na produção, matéria-prima e melhoria de frota”, aponta.
 
Além de pagar funcionários – com a quitação de três folhas em atraso – o grupo João Lyra também está pagando os fornecedores de cana.
 
Essa informação eu confirmei com alguns produtores de Coruripe que tem terras arrendadas ao empresário.
 
“Ainda tem uma folha em atraso, mas ela será colocada em dia ainda essa semana”, aponta Paulão.
 
Desmobilização
 
A captação de recursos, pelo que apurei com algumas fontes, foi decorrente da venda de uma grande área do empresário situada entre os bairros do Farol e Tabuleiro. O negócio teria girado entre R$ 50 milhões e R$ 70 milhões.
 
Essa informação confirma o que já foi dito aqui: João Lyra tem patrimônio, o que tornaria possível o enfretamento da crise que o seu grupo vem enfrentando.
 
A moagem das 5 usinas – 2 em Minas Gerais e 3 em Alagoas – pode ser um novo começo, a volta por cima. E se conseguir debelar essa fase mais difícil João Lyra, agora com 81 anos, vai dar mais uma demonstração da capacidade gerencial que o fez se tornar num dos maiores empresários da história de Alagoas.
 
Apesar de tudo que eu disse aqui é importante registrar que é difícil encontrar um líder político ou empresarial de Alagoas que aposte na recuperação do grupo João Lyra. Agora é esperar e torcer. Até porque os negócios tocados pelo empresário representam mais de 5 mil empregos diretos (na safra) e uma movimentação de recursos acima de R$ 300 milhões no Estado.




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