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ana paula omena
Os médicos legistas de Alagoas também radicalizaram e cruzaram os braços na manhã desta quinta-feira (16).
Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed), Wellington Galvão, o governo não depositou o valor da bolsa de R$ 2.500 hoje - que havia prometido - e foi omisso, portanto, a categoria não deve sair de suas casas para realizar necropsias.
O sindicalista lamentou a situação do IML de Maceió, que segundo ele, acumula oito cadáveres que se encontram em estado de decomposição há quase 15 dias porque não tem onde realizar a necropsia de corpos em estado de putrefação.
“A situação é lamentavel. O Estado de Alagoas infelizmente não quer ter mais médicos. Querem fazer saúde com migalhas. O Hospital Geral do Estado [HGE] está lotado e com carência de médicos”, disparou Galvão.
“Com relação às necropsias o seguinte é este: enquanto o governo não negociar com a categoria, não haverá trabalho”, afirmou.
Aposentadoria
A situação dos legistas no IML só tende a piorar, de acordo com o presidente do Sinmed/AL. Dos 30 médicos legistas que trabalham no órgão, cerca de dez pretendem entrar com pedido de aposentadoria em breve, por tempo de serviço. Ele contou que o ideal seriam 60 legistas.
“Imagine como vai ficar sem estes! E não tem como repor”, avaliou.