SIGA NOSSO:
gazetaweb //
regina carvalho
Os médicos legistas esperam uma boa notícia por parte do governo do Estado até o fim do dia. Do contrário, a categoria entra em greve por tempo indeterminado nesta quinta-feira (16).
Trinta médicos legistas que atuam nos dois Institutos Médicos Legais (IMLs), em Maceió e Arapiraca, devem cruzar os braços e a situação no órgão deve se complicar ainda mais.
Informações de profissionais que atuam na capital dão conta que oito corpos em estado de decomposição estariam nos fundos do prédio, no Prado. “Soubemos que tem corpos apodrecendo no IML porque não há estrutura de trabalho e pessoal. A situação não melhorou em nada desde o tempo que paramos”, disse Wellington Galvão, presidente do Sindicato dos Médicos (Sinmed).
Segundo o representante do Sinmed, a pauta de reivindicação negociada com o governo do Estado para por fim à greve deflagrada em junho não foi cumprida e por isso mesmo a categoria deve parar de novo. O pagamento de gratificação e melhores condições de trabalho não foram atendidas, segundo sindicato que representa a categoria.
“Amanhã os médicos legistas param. Até agora não convocaram a gente para nenhum acordo”, contou Galvão.
A decisão pela greve foi tomada durante assembleia realizada pela categoria no início dessa semana. As necropsias em Maceió estão sendo realizadas no Serviço de Verificação Óbito (SVO) e os exames de corpo de delito no Hospital Sanatório.
Por causa da falta de condições de trabalho é que os médicos decidiram não realizar as necropsias em corpos sepultados sem o exame.
