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A angustia da família do pintor Weverton da Silva Santos, 21, estava no limite. Após cinco dias de seu desaparecimento e ligações anônimas feitas para o aparelho celular da mãe, a família já desconfiava para um fim trágico.
Mas o que seria apenas desconfiança se tornou realidade e motivo de desespero. Na manhã desta terça-feira (15) equipes da Polícia Militar (PM) localizaram dois corpos, colocados dentro de sacos plásticos e enterrados em uma cova rasa na Grota Santo Amaro, na Chã da Jaqueira, em Maceió.
Uma das vítimas era Weverton. A outra vítima ainda não foi identificada. O reconhecimento do corpo, já em estado de putrefação, foi feito pela doméstica Luciene da Silva Santos, a mãe que ficou em estado de choque e que ainda alimentava a esperança do filho voltar para casa com vida.
A doméstica confirmou que o filho estava em casa, na última sexta-feira (11) quando recebeu uma ligação em seu celular. Alguém pediu para que ele “decesse” a grota, pois precisava conversar. Após este dia "Pipo", como Weverton era conhecido, desapareceu.
O avô do jovem, Nelson dos Santos, confirmou que o neto era usuário de drogas. Ele relatou que tinha conversado várias vezes com o jovem para que ele deixasse o vício.
Segundo o delegado Robervaldo Davino, do 4° DP, o duplo crime tem ligações com o atentado contra o diretor-geral da Casa de Detenção de Alagoas, o “Cadeião”, Gilson Mendonça da Silva, 31, alvejado a tiros no último dia 30. Os crimes também podem ter ligação com a execução do ex-cabo da Polícia Militar Laudenir Ferreira de Mendonça, 40, morto no último dia 20 de março, na Chã da Jaqueira.
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