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A falta d'água, que teve início na noite da última quinta-feira (22) no Instituto Médico Legal (IML), ocasionou uma série de problemas para os parentes das vítimas que aguardavam a liberação dos corpos. Por causa da lentidão, familiares tiveram que adiar o enterro de seus entes queridos.
A dona de casa Mitilene Pereira passou a tarde inteira na porta do instituto aguardando a liberação do corpo do adolescente Weverton da Silva, de 12 anos. Ele foi morto com dois tiros na noite de ontem (22), quando estava na porta de casa jogando dominó.
"A mãe dele não aguentou vir pra cá, pois está sofrendo muito. O enterro, que aconteceria às 17h de hoje, só vai poder ser realizado amanhã por causa dessa demora. A gente não merece passar por isso, não", disse Mitilene Pereira, vizinha da vítima.
Burocracia contribuiu para a demora
O problema só foi solucionado no final da tarde desta sexta-feira (23), após a chegada de um caminhão pipa. A demora poderia ter sido evitada se a bomba que pressiona a água para a caixa estivesse funcionando adequadamente.
Um outro fator que contribuiu para a demora foi a burocracia, já que, após uma série de pedidos, a direção geral do IML só liberou o caminhão pipa após quase 24 horas de espera.
"Nós tínhamos encaminhado a solicitação desde ontem, mas foi preciso averiguar o caso e orçar com as empresas encarregadas de fornecer a água no caminhão pipa", afirmou o diretor Gerson Odilon.
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gabriela soares
