Cerca de 500 professores e alunos da Universidade de Ciências da Saúde (Uncisal) estiveram reunidos, durante a manhã desta quarta-feira (21), em frente à universidade, reivindicando melhores salários para os educadores e a realização, em caráter de urgência, de concurso público. A greve inicia oficialmente nesta quinta-feira (22), paralisando as atividades de 350 educadores da instituição e cerca de 100 estudantes que prestam serviços no Hospital Geral do Estado (HGE).
A paralisação deixa sem aulas mais de 2.000 estudantes de graduação dos cursos de Medicina, Enfermagem e Fisioterapia. De acordo com o vice-presidente da Associação dos Professores da Uncisal, George Márcio de Sousa, a categoria luta por melhores salários que estão “congelados” desde 2004. “Essa é uma luta antiga, há oito anos estamos sem esse aumento, e como ninguém toma providências resolvemos pela paralisação”, comenta o vice-presidente destacando que as reinvidicações foram enviadas ao Governo, mas o mesmo não deu respostas.
Outra pauta de reivindicação é a ausência de concursos públicos para os educadores. Segundo George, mais da metade deles trabalham na instituição por serviço prestado, sendo que 200 professores só possuem contrato até abril deste ano. "A não realização de concurso é uma atividade ilegal, e o Ministério Público do Trabalho (MPT) não deve renovar essas contratações", critica.
Com a greve, os ambulatórios atendidos pelos professores vão funcionar com apenas 30% de sua capacidade de trabalho, conforme determina a lei. A greve prejudica quem necessita do SUS para o atendimento.
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milton rodrigues