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Alagoas
13/03/2012 16:27:23

Novo prédio do IML representa 'fim de constrangimento' para direção


Novo prédio do IML representa 'fim de constrangimento' para direção
Ilustração

A autorização do Governo do Estado para a construção do novo prédio do Instituto Médico Legal (IML), publicada na edição desta terça-feira (13) do Diário Oficial do Estado surpreendeu até mesmo a direção do órgão, que esperava há dois anos que o projeto fosse colocado em prática. Para o diretor Gerson Odilon, a criação da nova estrutura representa ‘a saída das trevas para a luz’ e o fim de constrangimentos, como o episódio da falha em perícia no corpo do modelo Eric Ferraz.

“Vamos sair do pior IML para chegar à condição de um dos melhores do país. Além de que este vai ser bem mais funcional, tanto no que diz respeito à arquitetura, como à medicina legal”, enalteceu o diretor, citando toda a estrutura do novo prédio já anunciada pelo Governo: novos equipamentos, salas de necropsia com geladeiras para congelamento e conservação dos corpos, anfiteatro, espaços isolados destinados às vítimas de agressão, e entrada para custodiados separada da recepção.

“Deixaremos as trevas para a luz, como diria Charles Chaplin. O local em que atuamos agora nunca foi um IML, é uma cadeia. Não tem sala de arquivos, nem acolhimento para crianças. Não temos nada. Agora vamos quebrar todos os paradigmas”, entusiasmou-se. “Além disso, vamos evitar constrangimentos, como o que registramos com o episódio do modelo, em que o legista não encontrou os projéteis porque não tínhamos equipamento”, reforçou.

Mas não foi apenas esta a situação embaraçosa em que a direção do IML se viu envolvida. O Instituto também jogou no lixo os lençóis e roupas que estavam envoltos no corpo da estudante Giovanna Tenório, encontrada morta em um canavial de Rio Largo. À época, Odilon informou que não havia onde guardar o material, que poderia ter sido usado como prova no inquérito do assassinato da jovem.

Odilon recorda ainda que, há dois anos, aguarda uma resposta para colocar em prática o novo projeto do IML, que deve ser instalado no bairro do Tabuleiro do Martins. “Há dois anos não fiz outra coisa a não ser lutar por isso. Abrimos as portas do IML e mostramos o que acontecia aqui dentro. O Governo se sensibilizou e agora autorizou, apesar do projeto ter ficado parado na Serveal [Serviço de Engenharia de Alagoas] durante muito tempo”, comentou, sobre o prédio que está orçado em R$ 5 milhões e tem prazo previsto de oito meses para a conclusão da obra.

“Agora estou finalmente vendo que já foi até mesmo escolhida a empresa. Acredito que, a partir do momento em que colocarem a primeira pedra, tudo vai ser muito mais rápido e o processo vai andar”.

 

gazetaweb //

wanessa oliveira



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