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Política
11/03/2012 21:00:29

Mais da metade dos prefeitos alagoanos são ‘forasteiros’


Mais da metade dos prefeitos alagoanos são ‘forasteiros’
Professor Eduardo Magalhães

Já foi o tempo em que o bairrismo político era a grande marca das eleições municipais e este ano teremos mais um pleito eleitoral que deve reafirmar isso. O que quero dizer é que se alguém de outro município tem pretensões políticas na cidade vizinha - ou ainda quem sabe - em outro estado, pode ir se animando que os tempos atuais estão sendo favoráveis. Dos 102 prefeitos alagoanos, eleitos em 2008, 59 são ‘forasteiros’, ou melhor não nasceram nas cidades em que governam. E os exemplos são diversos, amplos, contraditórios, mas têm sua explicação plausível.

 

Tem, por exemplo, município alagoano administrado por paulistas, isso mesmo, nascido no Estado de São Paulo, mas muita calma, pois as raízes desses prefeitos são alagoanas. A explicação dada pelo cientista político e professor da Universidade Federal de Alagoas, Eduardo Magalhães, é que esse fenômeno é natural e até positivo.

 

“Hoje em dia pessoas de outros municípios, estados, enfim, podem trazer dividendos recursos para tais municípios e por tabela, acabam se tornando lideranças políticas perfeitamente. Isso é bom, muito bom”, ressaltou Eduardo Magalhães. O professor não vê problema nenhum nessa importação de prefeitos. Ele chama atenção sim para o bairrismo exagerado, “isso sim é negativo”.

 

Quando falamos em bairrismo, Eduardo Magalhães se refere a um tipo de ‘discriminação’, que acarreta severos ataques a candidatos que não são nativos das cidades onde eles se candidatam. É muito comum ouvir do palanque rival: “Ele [ou ela] é forasteiro[a]”, quando se quer apontar que o seu oponente não conhece os anseios da comunidade. Porém, não é bem assim que funciona, explica.


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