“Coloquei fogo no colchão, mas peguei ela com um negão”

Há poucos dias atrás, mas precisamente no dia 29 de fevereiro, bombeiros do 6º GBM, sediado em Penedo, foram chamados para conter um princípio de incêndio em uma casa do bairro Santa Cecília, localizado na periferia da cidade. Na ocasião a dona da casa identificada por Ana Carla da Silva, de 25 anos, relatou que seu ex-companheiro, José Cipriano Fagundes dos Santos, 28, havia provocado o incêndio pelo fato dela ter ido até a Delegacia Regional de Penedo para denunciá-lo por agressão.

Os bombeiros conseguiram controlar as chamas que tragaram os colchões e poucos pertences que o casal tinha conseguido colocar na residência. Na última semana nossa redação foi procurada pelo acusado da prática criminosa que contou ter sido ele a vítima de toda a situação.

De acordo com José Cipriano, atualmente ele vive com outra mulher e teria ido no dia anterior ao registro do princípio de incêndio até a casa de sua ex, onde ofereceu uma quantia em dinheiro para que fossem comprados mantimentos para os filhos do casal.

“Eu fui lá e ela começou a me desacatar e dizer que tinha ido na delegacia dizer que eu havia batido nela, tudo sendo mentira. Ainda olhou pra mim e disse que ia arrumar macho pra me derrubar, e depois dessa ameaça eu fui embora revoltado e decidir no outro dia voltar para botar fogo no colchão da cama da gente que até com um negão eu já peguei ela dormindo”, desabafou Cipriano.

O homem disse ainda que seus filhos têm que ser zelados e a separação do casal não pode deixar os meninos sem escola ou atenção necessária como alimentação e higienização diária. “Quando eu estava com ela tinha muitas vezes que lavar a roupa dos meninos e a dela, isso depois que eu chegava do trabalho cansado do corte da cana”, declarou o ex-companheiro de Carla.

Segundo o Chefe de Operações da Delegacia Regional de Penedo, Carlos Welber, o cidadão José Cipriano já tem passagem pela polícia pela prática de violência doméstica, já tendo passado determinado tempo a disposição da justiça por ter sido enquadrado na Lei Maria da Penha. Da última vez que Cipriano foi detido foi denunciado por porte de ilegal de arma de fogo, sendo localizado por uma guarnição do PELOPES e encaminhado à 7ª DRP. Na oportunidade a arma não foi encontrada, mas a então esposa Ana Carla o denunciou por violência doméstica.

Para José Cipriano a vida pode recomeçar para os dois, desde que cada um siga seu caminho e deixe que o outro vivo a sua vida. “Eu já estou com outra pessoa e ela pode ficar com quem quiser, até porque sempre foi assim, mas tem que lembrar que os filhos dela também são meus e temos que tratar e zelar deles reconhecendo que mesmo não estando juntos é nossa obrigação cuidar das crianças” finalizou o Cipriano.

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rafael medeiros