O ex-cabo da Polícia Militar Samuel da Silva Souza, acusado de assassinar o jovem Bruno Macena e de atirar no major Marcelo Araújo e em Marconi da Silva, no bloco Tudo Azul, no município de Murici, na terça-feira de carnaval, foi indiciado pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma. O inquérito foi concluído e encaminhado, nesta quinta-feira, 1º, a Comarca de Murici.
O delegado de Murici, Gustavo Pires, ouviu seis testemunhas e duas vítimas do caso do Bloco Tudo Azul. O inquérito tem 42 páginas e aponta o ex-cabo como culpado no tulmulto que resultou na morte e Bruno Macena, 21 anos, filho de um sargento aposentado. O jovem foi atingido por dois tiros e morreu na hora. O major Marcelo Araujo e Marconi da Silva também foram atingidos, mas receberam alta. A confusão ocorreu na terça-feira de carnaval.
“Todas as testemunhas falam praticamente a mesma coisa. Que tudo foi uma discussão banal e o cabo chegou se metendo na confusão e terminou sobrando para as vítimas. Motivo banal, uma palavra de baixo calão tecida pelo major. O cabo já foi puxando a pistola e atirando nas pessoas. Ele responderá por homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma”, explicou o delegado.
A arma usada pelo ex-militar, uma pistola 380, pertence a Jailton de Almeida Cabral, preso em 2009 por formação de quadrilha na Operação Estanque, na região de Arapiraca. A polícia não encontrou o proprietário da pistola, que também deve responder por porte ilegal de arma.
Segundo a Corregedoria da Polícia Militar de Alagoas, Samuel da Silva Souza é conhecido por má conduta e responde a vários processos. Há quatro dias ele foi expulso da PM. O ex-cabo está preso no Baldomero Cavalcanti. E deve ser transferido para uma cela comum, já que não é mais militar.
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