O ex-deputado José Maria Tenório (PMN) deixou a prisão na tarde da quarta-feira (15). Os advogados do ex-parlamentar aceitaram a proposta da 17ª Vara Criminal da Capital de conceder liberdade condicionada ao uso de tornozeleira eletrônica. Na próxima semana, será pedido o fim do monitoramento.
A tornozeleira já havia sido proposta em novembro do ano passado, mas Zé Maria se recusou a utilizar o equipamento. Dessa vez, o ex-deputado foi convencido por seus familiares. “A família conversou conosco e chegamos à conclusão de que era melhor aceitar essa condição”, explica Diego Duca, um de seus advogados.
Segundo a defesa, o ex-parlamentar estava detido em um ambiente nocivo à saúde. “As condições do presídio são péssimas. Ele mesmo aceitou porque não estava mais suportando o cárcere, que é totalmente insalubre”, explica.
O deputado foi transferido para o presídio no fim de janeiro, quando deixou a Casa de Custódia do Farol. O local foi fechado após o jornal Tribuna Independente denunciar que presos estavam recebendo regalias. Dentre eles, o irmão de Zé Maria, o ex-deputado federal Francisco Tenório.
‘Estigma’
Após o recesso de Carnaval, um novo habeas corpus deverá ser proposto pela defesa do ex-deputado. É que Zé Maria não está satisfeito com o uso do monitoramento eletrônico. “Isso é algo muito pessoal. A tornozeleira é pequena, similar a um relógio. Mas ainda causa um certo estigma na pessoa”, comenta Duca.
De acordo com o advogado, o monitoramento configura uma espécie de detenção, o que justifica o novo pedido de liberdade. “Vamos impetrar outro habeas corpus para afastar a tornozeleira”, declara.
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victor avner