O jovem Ednaldo Alves da Silva, de 21 anos, foi assasinado, na tarde desta
terça-feira (14), com cinco tiros. O crime aconteceu no Loteamento Alto da Nossa
Senhora da Conceição, no bairro do Farol. A família informou que a vítima havia
deixado o sistema prisional há dois meses, depois de ter cumprido três anos de
pena devido a uma condenação por homicídio.
Testemunhas contaram que
Ednaldo jogava sinuca, num barracão improvisado no meio de um campo de futebol,
quando um homem se aproximou, pediu que para todos os presentes se afastassem do
rapaz e, sem permitir qualquer chance de defesa à vítima, disparou vários tiros
de pistola 9mm.
“O jovem morreu na hora. A maior parte dos disparos
atingiu a cabeça dele. A família contou que ele havia saído do presídio há pouco
tempo e estava tentando refazer a vida. Parece, inclusive, que tinha uma
promessa de emprego. Todavia, o pai confessou que o filho já matou uma pessoa no
passado e que dava conselhos para que ele não se envolvesse mais com coisas
erradas”, disse o sargento Ulisses, do 4º Batalhão da Polícia Militar.
O
4º BPM chegou a fazer rondas no local, mas não conseguiu localizar o atirador.
"Apesar de não termos identificado o assassino, há suspeitas de que ele estava
num veículo Vectra, de cor prata, que foi abandonado no Mutange. Esse mesmo
carro, pouco tempo depois do homicídio, passou em alta velocidade por uma
viatura nossa e disparou contra a guarnição no mesmo bairro", complementou o
militar.
Condenação por homicídio
Ednaldo Alves da Silva
cumpriu pena de três anos, na Penitenciária Baldomero Cavalcante, pelo crime de
homicídio. Em em 2008 ele foi à júri popular e recebeu condenação de nove anos
de prisão em regime fechado por ter assassinado um outro homem.
“Meu
irmão se envolveu numa briga em 2006 e o rapaz com quem ele discutiu o
esfaqueou. Dois anos depois, a mesma pessoa travou outra discussão com ele e o
ameaçou com um facão. Então, para não morrer, ele conseguiu uma arma emprestada
e matou o cara. Foi legítima defesa”, defendeu Maria José Alves da Silva.
O pai de Ednaldo também saiu em defesa do filho. “Ele não era bandido e
aqui, no Alto da Nossa Senhora da Conceição, todo mundo gostava dele. Todos
lamentaram a morte do meu filho”, contou o trabalhador da construção civil.
Amanhã, dia 15, completaria dois meses que o jovem havia saído do Baldomero.
A esposa, que foi retirada da cena do crime, estava grávida.
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janaina ribeiro