O estudante Arthur Fonseca Albuquerque de Melo, de 22 anos, foi absolvido pelos jurados que compuseram o Tribunal do Júri do assassinato do flanelinha Wanderson Bezerra Félix, conhecido pelo apelido de ‘Timbalada”, crime ocorrido em outubro de 2010, no bairro de Ponta Verde. O julgamento aconteceu durante toda a manhã desta terça-feira (7), no fórum do Barro Duro e a sentença foi prolatada no início da tarde.
Arthur era acusado de ter repassado as armas para os autores do crime. Entretanto, desde o início do processo – ainda durante a fase de investigação policial – ele negou que conhecia a vítima e não sabia o motivo pelo qual tinham citado o seu nome neste crime.
O presidente do Tribunal do Júri, juiz Maurício Brêda, da 7ª Vara Criminal da Capital, explicou que os jurados convocados entenderam que não houve participação alguma do réu neste caso e, portanto, decidiram absolvê-lo da acusação de ter fornecido a arma para a prática do homicídio. Por conta disso, ele ficou conhecido pelo apelido de “senhor das armas”.
Entretanto, de acordo com o magistrado, outras acusações recaem sobre o estudantee. Inclusive, durante a sessão, Arthur Fonseca confessou que se envolveu na confusão que resultou na morte do garçom Genival Ferreira, ano passado, em um trecho da avenida Leste/Oeste, em Maceió.
“Era um processo atípico. Não existiam provas e mesmo assim colocaram o meu cliente no caso. Ele sempre foi um jovem estudioso, pacato e nunca teve armas para ser classificado como ‘senhor das armas’, afirmou o advogado Moacir Vasconcelos.
Desde o início, quando a delegada Rebeca Cordeiro ainda cuidava do inquérito, Arthur declara-se inocente, argumentando ser vítima de inveja e rancor. Um mandado de busca e apreensão na residência do acusado foi expedido, mas nada encontrado. Existe a suspeita do acusado participar de um esquema criminoso que sublocaria armas para crimes diversos no Estado.
Rodrigo Alexandre da Silva, mais conhecido como ‘Lanchinho’ e Almir Correia Franco, apelidado de ‘Biusinho’, também estão envolvidos no crime. Rodrigo terá cinco dias para substituir a advogada que o defendia, já que ela abandonou o caso alegando problemas pessoais. Já Almir permanece foragido.
A principal testemunha que, na época, acusava Arthur como responsável pelo crime, hoje negou seu envolvimento, o que mudou os rumos do julgamento.
Arthur é acusado de mais dois homicídios: o de Juliano dos Santos Silva, morto em um bar no Vergel e o garçom Genival Ferreira, assassinado com cinco tiros após uma discussão de trânsito na Avenida Leste-Oeste, no bairro Feitosa.
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thiago gomes, daiane lahet e gabriela sales