Três pessoas ficaram gravemente feridas após uma discussão ocorrida na tarde desta terça-feira (7) em Matriz do Camaragibe, no Litoral Norte alagoano.
De acordo com informações do Grupamento da Polícia Militar em Matriz, Antonieza Maria dos Santos, de 42 anos, seu marido, José Antônio da Silva, de 50 anos, e o cunhado, Agenor Luiz da Silva, de 70 anos, bebiam desde cedo quando começaram a discutir.
Em meio à briga, Nataniézia teria buscado um líquido inflamável e ateado fogo no próprio corpo e nos dois homens. Ela sofreu queimaduras de 2º e 3º graus em praticamente todo o corpo. Seu marido, José Antônio, sofreu queimaduras de 2º grau em grande parte do corpo, enquanto Agenor ficou em estado um pouco 'melhor' que o casal.
Os três foram trazidos para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, pelo helicóptero Arcanjo, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Eles deram entrada na unidade de saúde em estado gravíssimo e suspeita-se que a mulher possa não resistir aos ferimentos.
Segundo a PM de Matriz, José Antônio trabalha com uma motosserra e, inicialmente, surgiu a informação de que o equipamento teria explodido quando o homem tentou ligá-lo nesta tarde. Porém, após conversar com vizinhos, a polícia teria apurado que o fogo foi iniciado durante uma briga, possivelmente por ciúmes.
“Não se sabe de quem a moça teve ciúmes, se do marido ou do cunhado. Mas, quando estava sendo socorrido, o senhor Agenor [cunhado de Antonieza] disse para a esposa dele várias vezes: ‘sua irmã me matou, sua irmã me matou’”, contou um policial militar à reportagem do Tribuna Hoje.
“São pessoas muito pobres, e o lugar onde eles estavam era cheio de papel, madeira. Ela [Antonieza] teria pego um líquido, provavelmente diesel [usado para abastecer a motosserra de José Antônio], e iniciado o fogo”, disse o militar, acrescentando que alguns vizinhos relataram ainda que a mulher sofria de distúrbios mentais.
O fato deve ser investigado pelos agentes do 90º Distrito Policial (DP), que relataram que foi preciso quebrar uma parede de uma casa vizinha para entrar no local do incêndio e usar um caminhão-pipa da usina Camaragibe para fazer o rescaldo.
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petrônio viana e breno airan