Preocupados com o uso indiscriminado das famosas “cinquentinhas” no município de Arapiraca, o Concelho Regional de Trânsito, implementou um projeto de lei que visa unir o SMTT ao Detran para que juntos, os órgãos fiscalizem e regulamentem as motos de até 50 cilindradas que circulam pela região. Segundo o Tenente Nunes, do 3° BPM de Arapiraca, o problema que estas motos vêm trazendo, está afetando diretamente o transito local, uma vez que a grande maioria dos condutores destes veículos não respeita nenhuma das leis de trânsito.
“O problema não é de hoje, há mais ou menos um ano atrás, uma senhora de quase 70 anos, morreu ao ser atropelada por dois adolescentes que andavam na contramão em uma ‘cinquentinha’, a grande maioria dos condutores deste tipo de veículo não tem cuidado com o trânsito como deveria”, afirmou ele, que vive frequentemente nas ruas vendo esse tipo de infração.
Segundo ele, este novo projeto de lei, visa diminuir o número de condutores despreparados e por consequência aumentar a segurança dentro da cidade. “Trânsito é responsabilidade e infelizmente a grande maioria da população de Arapiraca ainda não esta preparada para a legislação de trânsito brasileira”, preocupa-se ele.
Entenda o código de transito
Ao contrario do que a grande maioria da população imagina, as motos de até cinquenta cilindradas precisa sim de registro, licenciamento e emplacamento, porém para este tipo de veículo, o órgão responsável por este processo é o SMTT, que na grande maioria das cidades não possui infraestrutura para cumprir com a sua obrigação.
“Todas as regras de transito se aplicam as ‘cinquentinhas’, isso é lei, está na constituição, porém a SMTT de Arapiraca não emplaca, não registra, nem fiscaliza por não ter estrutura para isso”, afirmou o Tenente Nunes, que ainda explica que em todo Brasil surgiu esse mito de que a “cinquentinha” não precisa de nada porque os agentes de transito não tem como punir os condutores como nas motos normais.
Segundo ele, essa nova lei já deve entrar em vigor em aproximadamente três meses e vai trazer mais conforto e segurança para toda a população. “No momento não tempos como punir os condutores, pois as motos não têm nem registro, porém com a entrada desta lei as coisas vão mudar, vai acabar com essa história de andar na contramão, estacionar em calçadas ou coisas do tipo”, garantiu ele.
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