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26/01/2012 14:22:01

Horário de funcionamento das farmácias: outra angustia do povo de União dos Palmares

Horário de funcionamento das farmácias: outra angustia do povo de União dos Palmares
Ilustração

Como se não bastasse o sistema de saúde precário em nível de Brasil com sensíveis reflexos no município de União dos Palmares, quem tiver a desventura de ficar enfermo e necessitar de medicação (quando se evidenciar o milagre do trabalhador conseguir uma consulta médica gratuita) enfrenta outra situação inusitada relativa à falta de estoque permanente nas farmácias da cidade que quando não dispõem em suas prateleiras do remédio prescrito solicitam ao paciente um prazo de pelo menos 24 horas para a entrega, mesmo se o caso requerer emergência.

Esta pratica segundo apurou a reportagem deste sitio noticioso não se resume apenas a União dos Palmares, mas se estende ao interior de todo estado, de uma feita que as grandes redes distribuidoras de medicamentos mantêm nas principais cidades filiais com seus estoques considerados ‘triviais’ pelo fato de determinados remédios ter prazo de validade curto. O caso fica ainda mais grave quando se trata de medicação manipulada que obriga o paciente a se deslocar para Maceió onerando mais a saúde do povo.

Com a concorrência desleal e que somente beneficia as grandes redes farmacêuticas nacionais, farmácias tradicionais ou já desistiram de continuar no ramo ou estão com o numero de clientes resumido. Assim sendo, nestas condições e graças à modernidade, a Lei da Oferta e da Procura evidencia um dos seus fatores mais negativos.

Ademais para o empresário individual manter seu estabelecimento funcionando necessita arcar com despesas adicionais além dos impostos, pagamentos de funcionários e encargos sociais, até em certos casos com o aluguel do prédio, e alguém especializado na aplicação de injeções, sem contar com o caro pagamento de um farmacêutico (não se tem noticias que nenhum deles portador de diploma legalizado resida na cidade) detalhes que torna a medicação bem mais cara inviabilizando sua aquisição pela classe de baixa ou média renda que constituem mais de 905 da população palmarina.

Finalmente outro problema para ser adicionado à aflição do brasileiro que adoece: o horário de funcionamento das farmácias que devia ser regulamentado pela Câmara de Vereadores, mas na pratica é estipulado como bem entendem os farmacêuticos graças à convicção da impunidade. Por exemplo, se alguém necessitar de remédios após as 21:00 horas durante a semana, aos sábados e domingos, não encontra nenhuma farmácia funcionando no centro da cidade, salvo no caso do interessado conhecer algum responsável pelo estabelecimento e peça socorro na sua residência para então ser atendido.

Aos domingos e feriados, existem farmácias que mesmo sabendo da importância do seu funcionamento em horário comercial, sequer abrem suas portas conscientes da omissão das autoridades para com as necessidades do comunidade. Durante a madrugada não existe nenhuma farmácia de plantão sob a alegação do pouco movimento e da falta de segurança. A realidade é que ao negar ao povo o acesso às farmácias 24 horas por dia é uma afronta aos direitos do cidadão. Afinal, a máxima popular se torna realidade: ‘Já viu rico ou político no poder se importar com as angustias e carências do pobre trabalhador?’

antonio aragão //