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25/01/2012 15:44:19

Dívida de R$ 722 mi pode levar funcionários à paralisação

Dívida de R$ 722 mi pode levar funcionários à paralisação
Assembleia da categoria ocorreu ontem à noite

Funcionários da Eletrobras Distribuição Alagoas reuniram-se, na noite desta terça-feira (24), em uma assembleia geral, ocorrida no pátio externo, com o objetivo de apresentar quatro pautas reivindicatórias à presidência, dentre elas, mudanças no processo de eleição para diretor, aumento salarial após acúmulo de R$ 722 milhões e melhorias no plano de saúde vinculado à empresa. A categoria prometeu realizar uma paralisação a partir do dia 01 de março, caso a direção não conceda uma resposta satisfatória.

Conforme a presidente do Sindicato dos Urbanitários de Alagoas, Amélia Fernandes, cerca de 400 pessoas - funcionários ativos e aposentados – desejam que o processo eleitoral para a direção ocorra de maneira democrática, envolvendo todo o corpo de trabalhadores, como sempre aconteceu. A determinação atual é de que o integrante da empresa a ocupar o cargo de diretor passe a ser escolhido por uma comissão específica.

Outra solicitação em pauta reporta-se ao Plano Bresser, visto que, em 1987, os funcionários da Eletrobras haviam sido informados acerca da garantia de um aumento salarial. Todavia, tal reajuste não foi concedido e acumulou-se, produzindo um montante no valor de R$ 722 milhões. Amélia explica que o caso tramitou na Justiça e a categoria ganhou até a última instância, decisão esta que fez com que a empresa fosse obrigada a modificar sua forma de agir.

“Apresentamos o problema e, agora, a empresa tenta negociar, querendo dar um aumento de seis por cento desse valor. Nós não nos mobilizamos para ouvir sobre esse minúsculo reajuste, e sim, queremos, no mínimo, 50%”, assinala a sindicalista ao acrescentar que uma campanha salarial extraordinária encontra-se inserida no rol de pautas.

O último ponto reivindicatório diz respeito a uma mudança de postura no plano de saúde vinculado à empresa, Aliança/Unimed, cujas reclamações são frequentes devido à carência de profissionais e péssima qualidade no atendimento prestado aos pacientes. “Muitas vezes, quem chega lá não é bem atendido, recebe a informação de que o plano foi bloqueado, além de se deparar com a ausência de determinado especialista".

Ao final da assembleia, o Sindicato dos Urbanitários entregou o documento contendo as reivindicações à direção e estipulou um prazo para a empresa posicionar-se quanto às solicitações. “Se até 1º de março não obtivermos nenhuma resposta positiva, vamos nos mobilizar para dar início a uma paralisação, já que os problemas são antigos e não podem persistir”, completou Amélia Fernandes.

 

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geysa miranda e jobinson barros