O número de beneficiários de medicamentos para diabéticos e hipertensos distribuídos pela ação Saúde Não Tem Preço do Ministério da Saúde cresceu 603% em Alagoas entre os meses de janeiro e novembro do ano passado. O Estado, segundo dados do Ministério da Saúde, teve elevação acima da média nacional, que foi de 264%.
O número de pacientes atendidos em Alagoas saltou de 2.079 em janeiro de 2011, para 14.607 em novembro do mesmo ano.
Desde 2004, os pacientes hipertensos e diabéticos tinham desconto de 90% nas drogarias e farmácias credenciadas ao “Aqui Tem Farmácia Popular”. A partir de fevereiro de 2011, esses medicamentos passaram a ser distribuídos gratuitamente, o que facilitou a vida de quem está em tratamento.
Todas as pessoas podem ter acesso aos medicamentos de forma gratuita, basta apresentar um documento de identificação com foto, CPF, e a receita médica, e se cadastrar em qualquer uma das farmácias credenciadas ou postos de saúde.
“Em Maceió, todos os pacientes que procuram o Programa de Hipertensos e Diabéticos [Hiperdia], da Secretaria Municipal de Saúde, recebem os medicamentos”, afirma a coordenadora do Hiperdia, Thais Barreto. “Todos têm direito, independente da receita ser do Estado ou município”, acrescenta.
Segundo a coordenadora, são várias as farmácias na capital alagoana que estão credenciadas no programa. “Pague Menos, Permanente, algumas unidades da Drogaria São Luís, dentre outras”, informa.
ECONOMIA
Beneficiados sentem no bolso resultado da ação
Com problema de hipertensão, o professor José Silva Santana é um dos beneficiados do programa do Governo Federal que distribui medicamentos de graça para todo o País. Ele afirma que passou a fazer uma economia relevante todo mês. “Antes eu comprava com o desconto, mas depois comecei a receber totalmente de graça”, declarou Santana.
O professor, que faz uso do Ara II 50mg, toma duas caixas do medicamento todos os meses. Antes, elas custavam R$ 30 cada. “A receita serve para três meses, após o prazo tenho que voltar ao médico para pegar uma nova receita”, explica.
“Acho o programa bom e muito importante, pois o que economizo na medicação é um ganho no meu orçamento mensal”, revela José da Silva Santana.
Para a coordenadora do Programa de Hipertensos e Diabéticos (Hiperdia), da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió, Thais Barreto, o programa foi uma iniciativa boa que vem dando certo.
De acordo com ela, o fato de os pacientes terem acesso aos medicamentos em farmácias garante que o tratamento não seja interrompido, pelo simples fato de o paciente esquecer de pegar o medicamento no posto, por exemplo. “Agora, os remédios estão disponíveis em farmácias, que funcionam até mais tarde, inclusive nos finais de semana, diferente das unidades de saúde”, esclarece. A hipertensão atinge 23,3% da população adulta do Brasil.
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andrezza tavares