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06/12/2007 00:00:00

Operação 'Taturana'


Operação 'Taturana'

O delegado federal Jandelin Gomes de Lima, que está no comando da Operação Taturana, deflagrada esta manhã, pela Polícia Federal, acabou de conceder entrevista coletiva à imprensa no auditório da Superintendência da PF, no Jaraguá. Junto com ele estava o superintende do órgão, José Pinto de Luna para explicar detalhes da operação.

Ele contou que ao todo foram expedidos 79 mandados de busca e apreensão e mais 40 de prisão. Desses 79 mandados, nove foram cumpridos na casa de deputados. Três dos mandados foram cumpridos em Pernambuco e São Paulo.

O delegado ressaltou que não teve nenhum de prisão para parlamentares. No entanto, Lima confirmou que houve as prisões dos deputados Antonio Albuquerque - presidente da Assembléia Legislativa - e Cícero Ferro por porte ilegal de armas.

Além deles, o ex-governador Manoel Gomes de Barros, o Mano, também foi preso por porte ilegal de armas. Os crimes, segundo Jandelin Lima, são inafiançáveis já que as armas são de uso restrito das Forças Armadas.

Só na casa de Mano foram econtradas uma pistola 357 e uma metralhadora.

Lima explicou ainda que a suposta quadrilha agia no Estado desde 2001, mas que as investigações iniciaram em 2005. O delegado responsável pela investigação estima que pelo menos R$ 200 milhões foram desviados da Assembléia Legislativa.

"Não posso revelar detalhes do funcionamento do esquema. Entretanto, o desvio de dinheiro tem haver com a restituição do imposto de renda dos ervidores da ALE. Por isso, outros deputados também serão ouvidos, e todos os servidores serão investigados na Receita Federal", informou Lima.

Os crimes

Os envolvidos serão indiciados por formação de quadrilha, peculato, estilionato e lavagem de dinheiro.

Um agente da Polícia Federal, que não teve o nome revelado, está sendo procurado. Ele é acusado de fornecer informações para a suposta quadrilha.

Durante as prisões foram apreendidos vários veículos e outros bens móveis, além de jóias pertencentes aos acusados. Lima explicou que a apreensão é para garantir o retorno do dinheiro desviado para os cofres públicos. Já que, assim que for comprovado o envolvimento de todos os presos, os bens irão a leilão.

Presos

Até agora a Polícia Federal não confirmou o nome de todos os envolvidos porque o processo corre em segredo de Justiça. A reportagem do Alagoas Agora, apurou alguns nomes com advogados que chegavam à sede da PF. Foram: Vitor Nunes, Sirlane de Cerqueira Barros, André de Cerqueira Barros, Taciane Ferro, Hermes Tojal e Rosa Crsitina de Vasconcelos, coronel Acírio Nascimento, ex-deputado Celso Luiz, ex-deputado Gilberto Gonçalves, ex-governador Manoel Gomes de Barros, além dos deputados Antonio Albuquerque Cícero Ferro.

A Operação

Numa ação conjunta, a Polícia Federal, Receita Federal, Banco Central e Ministério Público desencadeou na manhã desta quinta-feira, 6, a Operação Taturana. Desde as 5h30 desta manhã, cerca de 370 agentes da PF, vindos de nove estados - Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Brasília, Rio Grande do Norte , Piauí, Sergipe, Goiás e Ceará – estão em vários municípios alagoanos para cumprir 79 mandados de prisão, busca e apreensão. Os mandados foram expedidos pela desembargadora Amanda Lucena do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, em Recife.

Os agentes federais estavam de prontidão desde ontem. Para evitar vazamento de informações eles ficaram concentrados na cidade de Garanhuns/PE, só na manhã de hoje é que eles vieram para Alagoas.

De acordo com a PF desde 2001 uma suposta quadrilha estava instalada na Assembléia Legislativa e desviou cerca de R$ 200 milhões. Os agentes da Polícia Federal informaram ainda que a organização criminosa atuava através de contratação de funcionários fantasmas e “laranjas”. Além disso, os acusados estariam sonegando o Imposto de Renda que era recolhido dos servidores.

com alagoasagora.com.br // joão dionisio e láyra santa rosa



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