Faleceu no inicio da manhã desta terça feira (18) em uma das enfermarias do Hospital Regional São Vicente de Paulo em União dos Palmares a domestica Silvana Maria Gomes da Silva de 37 anos de idade, residente na Rua Edgar Sarmento 220 no centro da cidade vitima de ‘Parada Cárdio Respiratória’.
A médica que diagnosticou a paciente na segunda internação desta vez em estado terminal no hospital local Drª. Ana Cláudia Pereira Duarte, no entanto acrescentou ao diagnostico inicial a origem do óbito: “malformação de chiari” (que na literatura médica pode significar doença rara ou desconhecida).
O inicio da verdadeira causa da morte da paciente é recheado de passagens que dentre outras coisas denuncia a precariedade da saúde no estado de Alagoas.
Como tudo começou
Segundo a cunhada da domestica senhora Maria José Teixeira da Silva há cerca de dois meses e meio Silvania (que antigamente residia a margem do Rio Mundaú, hoje destruída) apresentou um quadro de paralisia das duas pernas.
Levada ao hospital local os médicos constataram a necessidade do atendimento em um hospital especializado, tendo Silvania sido removida para Maceió onde ficou dois meses, dos quais 15 dias em um dos corredores do HGE até o internamento em uma enfermaria. Neste período, apresentou além da paralisação, um inchaço descomunal na barriga, o que lhe proporcionou cinco lavagens estomacais até ser pedido à família uma ultrassonografia da cabeça, já que a paciente apresentava também quadro de cefaléia (dor forte na cabeça).
Sem condições econômicas para fazer o exame já que a família é pobre os familiares recorreram ao ex-governador Manoel Gomes de Barros que de imediato providenciou o atendimento da mulher. O resultado foi surpreendente, segundo dona Maria José: “Os médicos disseram que a doença era esquistossomose e que ela (Silvania) tinha liquido na cabeça, podendo inclusive ser água do rio Mundaú”.
Com o quadro clinico irreversível, os médicos aconselharam a remoção da paciente para União. Em casa, o sofrimento da mulher se acentuou, até que foi internada novamente no Hospital São Vicente onde não resistiu à enfermidade e faleceu as 06:50 da manhã de ontem.
Dona Maria José, em tom melancólico disse que “nunca vi um coisa daquelas. Minha cunhada que era um excelente pessoa, depois de tanto sofrimento, ao morrer desfigurou o rosto, a barriga e a cabeça incharam ainda mais. Os próprios médicos recomendaram que ela fosse sepultada imediatamente” disse a mulher
antonio aragão //